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Proposta prevê ampliação gradual das atuais 90 para 120 vagas anuais a partir de 2027, após mais de 60 anos com o mesmo número de ingressos.
A Congregação da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/Unesp) aprovou, em reunião realizada nesta sexta-feira (17), a ampliação do número de vagas do curso de graduação em Medicina. A proposta, aprovada por ampla maioria, recebeu 24 votos favoráveis, um contrário e duas abstenções.
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A medida prevê o aumento escalonado das atuais 90 para 120 vagas anuais, com a criação de 15 novas vagas a partir de 2027 e outras 15 a partir de 2029. A decisão é considerada histórica, já que desde a fundação da FMB, em 1963, o curso mantinha o mesmo número de ingressos.
De acordo com a direção da FMB, o processo de expansão ainda precisa ser analisado em outras instâncias, mas foi planejado de forma gradual para garantir a qualidade do ensino e permitir adequações estruturais e pedagógicas.
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O diretor da FMB, professor Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza, destacou que a aprovação representa um marco para a instituição e para o ensino público no estado.
“Com essas novas vagas estamos respondendo não apenas a uma demanda da sociedade, mas também contribuindo para o crescimento da universidade pública. É uma mudança ousada, que amplia o papel da Unesp no estado de São Paulo”, afirmou.
O vice-diretor, professor Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourenção, lembrou que a faculdade sempre teve papel fundamental na formação de médicos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e celebrou o avanço.
“Depois de mais de sessenta anos conseguimos caminhar para o primeiro aumento no número de vagas, de forma responsável e planejada. Essa decisão representa muito para a instituição e reforça o compromisso com a sociedade”, destacou.
A proposta foi elaborada por uma comissão especial formada por docentes da FMB e do Instituto de Biociências (IBB), além de representantes do Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP) e do Conselho do Curso de Graduação em Medicina (CCGM). O grupo apresentou pareceres técnicos, pedagógicos e de infraestrutura que embasaram a decisão.
Segundo o professor Roberto Antonio de Araújo Costa, presidente da comissão e coordenador do CCGM, a expansão é resultado de um processo de estudo e diálogo com diversas instâncias da universidade.
“A proposta foi construída com responsabilidade e ampla discussão. Agora começa o trabalho para garantir que essa ampliação ocorra com qualidade e sustentabilidade”, afirmou.