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Na Rua José Barbosa de Barros, no Jardim Paraíso, um antigo galpão da Fepasa destinado ao descarte de materiais inservíveis tem sido cenário de situação cada vez mais corriqueira aos finais de semana e feriados. Isso porque, pneus e outros objetos são deixados a céu aberto e suscetíveis ao acúmulo de água.
Foi o que ocorreu no feriado prolongado da Padroeira do Brasil. Como não houve coleta e funcionamento do espaço a partir da sexta-feira, ao menos 50 pneus foram alocados em frente ao galpão, sem nenhum tipo de cobertura, esperando para serem recolhidos para o interior do prédio.
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Segundo moradores da região e que preferiram não se identificar, o fato tem sido observado com frequência, já que a coleta ocorre apenas em dias determinados. Isso faz com que os pneus passem dias expostos às variações climáticas, principalmente nas épocas de calor e com maior incidência de chuvas.
Como o feriado prolongado foi caracterizado por dias com temperaturas elevadas, nebulosidade e chuvas, boa parte dos pneus apresentou acúmulo de água. Lembrando que esta situação pode tornar-se criadouro do mosquito Aedes aegypti, vetor para doenças como a dengue, zika e chikungunya.
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Lembrando que a região do Jardim Paraíso recebeu, em maio, ação de nebulização para o controle do Aedes, tendo em vista a confirmação de um caso de dengue autóctone. A nebulização foi na Praça do Abolicionista, a três quadras do galpão de materiais inservíveis. Até aquele mês, o município havia registrado seis casos da doença (dois importados e quatro autóctone).
O galpão, que anteriormente pertencia à Fepasa, é utilizado, há cinco anos, para o descarte de pneus e outros materiais do tipo. A administração do espaço está a cargo da Secretaria de Infraestrutura que, em parceria com a Organização Não Governamental (ONG) Reciclanip, vinculada à Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, promove o recolhimento e destinação para reciclagem ou outros fins.
Segundo a Prefeitura de Botucatu, o descarte voluntário de pneus ocorre em horários determina dos (às terças e sextas-feiras, das 9 às 16 horas). Atribui-se, pelo Poder Público, que o acúmulo ocorra devido a entregas fora do período determinado. “Quem tiver pneu sem uso em casa, pode levar ao galpão, que não apresenta superlotação de materiais. O que ocorre, e deve ser evitado, é o descarte de pneus em dias em que o galpão não funciona, o que gera a presença desses pneus na área externa. Porém, nos dias de funcionamento, essas unidades são recolhidas pela equipe da Secretaria do Verde”, salienta nota enviada pela Secretaria de Comunicação.
A Prefeitura, no entanto, rechaça que o galpão esteja operando acima da capacidade. Segundo o Poder Público, mais de dois mil pneus são recolhidos todas as semanas no espaço e que equipes da Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) visitam periodicamente o local, para aplicação de inseticidas para coibir a presença de insetos e animais peçonhentos.
Jornal Leia Notícias com Flávio Fogueral