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Os estudantes e pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) do campus de Botucatu (SP) protestaram contra a suspensão das 200 mil bolsas da Capes, órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). O ato ocorreu no distrito de Rubião Júnior, no início da tarde desta quinta-feira (8).
Segundo apurado pela reportagem, mestrandos e doutorandos da universidade fortaleceram o movimento, já que estão sendo impactados pelos cortes do Governo Federal no MEC, que chegam a R$ 1 bilhão.
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Só na Unesp de Botucatu, são mais de 360 bolsistas de mestrado, doutorado e pós-doutorado prejudicados com a suspensão das bolsas, necessárias para manter o sustento e para a permanência desses pesquisadores dentro das universidades.
Na tarde desta quinta-feira, um protesto também foi realizado em Bauru (SP). Cerca de 150 mestrandos e doutorandos da USP (Universidade de São Paulo) e da Unesp de Bauru, contrários aos bloqueio de verbas do Ministério da Educação, se reuniram no Parque Vitória Régia.
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Entenda os cortes nas verbas
Na terça-feira (6), a Capes afirmou que, após os bloqueios orçamentários na pasta, não terá dinheiro para pagar mais de 200 mil bolsas destinadas aos alunos do mestrado, doutorado e pós-doutorado. Os depósitos deveriam ser feitos até quarta-feira (7).
No dia 2 de dezembro, o Ministério da Economia informou ter bloqueado R$ 1,36 bilhão do MEC por meio de um decreto editado em 30 de novembro. O corte foi anunciado horas após o MEC desistir de congelar R$ 366 milhões das contas das universidades e dos institutos federais.
No comunicado dirigido à comunidade acadêmica, alunos e pesquisadores, a Capes informou que o decreto do governo Bolsonaro congelou recursos financeiros, impedindo, além do pagamento das bolsas, a manutenção administrativa da entidade.
A coordenação ressaltou ter cobrado a imediata liberação dos recursos “não apenas para assegurar a regularidade do funcionamento institucional da Capes, mas, principalmente, para conferir tratamento digno à ciência e a seus pesquisadores”.
O decreto do governo federal “zerou” a verba do MEC disponível para gastos considerados “não obrigatórios”, como:
- Bolsas estudantis;
- Salários de funcionários terceirizados (como os das equipes de limpeza e segurança);
- Pagamento de contas de luz e de água.
Fonte: G1