15 de novembro, 2024

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Botucatu: Especialistas debatem reabilitação de pessoas com mobilidade reduzida em evento

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Profissionais da área de fisioterapia, fisiatria e terapia ocupacional debateram no último sábado (23) assuntos relacionados ao uso de tecnologia assistiva e a reabilitação de pessoas com mobilidade reduzida no campus de Botucatu da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp). O Simpósio Próteses, Órteses e Tecnologia Assistiva do Instituto Habilis reuniu especialistas de diferentes empresas e áreas de formação. O debate ajudou a enriquecer o conhecimento destes profissionais, que são peças chave para a autonomia dos pacientes, que recebem atendimento multiprofissional para reabilitação.

De acordo com Rafael Dalle Molle da Costa, diretor clínico do Instituto Habilis e mestre em fisiopatologia clínica, o objetivo do encontro foi promover uma atualização sobre temas que envolvem próteses, órteses e demais tecnologias assistivas destinadas a pessoas com mobilidade reduzida. “São tópicos que podem ser vagos para alguns profissionais. Até mesmo no encaminhamento para serviços especializados em cada área da mobilidade, o profissional tem dificuldade de identificar qual a melhor maneira de fazer o encaminhamento, por falta de conhecimento e atualização na área”, afirma.

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Por isso, segundo o especialista, que foi responsável pela organização do evento, foram discutidas questões de atualização na indicação desses equipamentos, além de conceitos básicos da literatura, melhores tipos de encaixes para joelhos e pés protéticos, além de noções sobre cadeiras de rodas. “Assim o profissional pode entender as melhores formas de fazer a indicação dos componentes conforme os serviços feitos nas empresas do setor”, afirma.

Uma das instituições que participou com profissionais do ramo foi a Ottobock, empresa alemã com atuação no Brasil e que trabalha com a produção e estudos sobre equipamentos de tecnologia assistiva. Mestre em ortopedia técnica e gerente Academy da Ottobock no Brasil, Emerson Bovo, por exemplo, falou sobre as órteses de tornozelo e pé em uma das mesas de discussão. As órteses são equipamentos que ajudam os pacientes a se moverem com mais liberdade e menos dor, além de auxiliarem na correção de má postura, e fornecem suporte para o processo de cicatrização, quando for necessário.

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“Essa discussão é muito importante para o profissional ligado à reabilitação, porque os assuntos têm evoluído muito nos últimos dez anos. Atualmente, com o avanço de novas tecnologias, como sistema de microprocessamento na parte de eletrônica, isso tem beneficiado cada vez mais uma quantidade maior de pacientes. Num primeiro momento, quando não havia isso, eram sempre equipamentos com praticamente o mesmo tipo de órteses para todos os pacientes. Isso é o que tem trazido inclusão maior dos utilizadores com esses avanços”, afirma. 

Importância do debate

Maria Laura Pucciarelli, coordenadora de Fisioterapia da Ottobock na América Latina, acredita que os debates do simpósio foram importantes para que, de maneira mais rápida, os profissionais tenham acesso às tecnologias mais recentes e aos estudos científicos para saberem quais os tratamentos mais eficientes para as pessoas com deficiência. Ela participou de um dos debates que envolveu assuntos relacionados às órteses. “Esses momentos de troca, quando todos os profissionais se encontram para debater os casos, e falar sobre o que existe de tecnologia, aumentam as possibilidades desses componentes chegarem aos pacientes de maneira mais rápida”, diz.

Para Mariana Butezloff, doutora em Ciências da Saúde e fisioterapeuta da Ottobock, a área de atuação precisa de mais divulgação do conhecimento, para que os pacientes tenham o melhor atendimento. “Sem isso, algumas complicações acontecem nos atendimentos e talvez isso impeça que a tecnologia e a evolução das próteses e órteses cheguem a todos os pacientes que precisam. O fato de a parte científica estar em evolução faz com que a gente tenha um entendimento maior e possa colocar isso na prática clínica para os pacientes terem esses equipamentos, com acesso às tecnologias adequadas. Isso resulta em mais qualidade de vida e melhor inserção na sociedade”, afirma.

Quanto à prescrição de próteses para pessoas amputadas, o técnico ortopédico da Ottobock, Henrique Oliveira, considerou que a discussão mostrou que uma boa avaliação do caso de cada paciente que necessite de tecnologia assistiva pode determinar o sucesso da protetização. “Discutir temas como esse mostra aos fisioterapeutas que uma boa avaliação funcional da pessoa vai definir no futuro esse sucesso do acompanhamento e da protetização. O debate deixou claro que não é a prótese que anda pela pessoa. Existe todo um processo de reabilitação em que o utilizador deve aprender a controlar o dispositivo. Com isso, a chance de sucesso é muito maior”, pontua. 

Sobre a Ottobock 

Fundada em 1919, em Berlim, na Alemanha, a Ottobock é referência mundial na reabilitação de pessoas amputadas ou com mobilidade reduzida por sua dedicação em desenvolver tecnologia e inovação a fim de retomar a qualidade de vida dos usuários. Dentro de um vasto portfólio de produtos, a instituição investe em próteses (equipamentos utilizados por pessoas que passaram por uma amputação); órteses (quando pacientes possuem mobilidade reduzida devido a traumas e doenças ou quando estão em processo de reabilitação); e mobility (cadeiras de rodas para locomoção, com tecnologia adequada a cada necessidade). A Ottobock chegou ao Brasil em 1975 e atua no mercado da América Latina também em outros países como México, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai, Argentina, Chile e Cuba, além de territórios da América Central. Atualmente, no Brasil, são oito clínicas, presentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Salvador.

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