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Estudo mostra que a produção paulista migrou para novas áreas, com Botucatu, Bauru, Avaré e São João da Boa Vista assumindo a liderança no setor.
Botucatu – Um estudo da Embrapa Territorial revelou mudanças importantes na concentração da produção de laranja no Brasil. Os dados indicam que, ao longo dos últimos anos, a principal região produtora da fruta em São Paulo migrou para novos polos, e Botucatu passou a integrar o grupo que concentra 25% da produção nacional, ao lado de Bauru, Avaré e São João da Boa Vista.
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De acordo com o levantamento, a mudança está relacionada principalmente à incidência do greening, doença que afetou áreas tradicionais de cultivo e levou à reorganização da atividade dentro do Estado. Mesmo sem aumento significativo no volume total de laranjas produzidas no País, houve redistribuição das áreas plantadas e avanço em regiões com melhores condições fitossanitárias.
A análise mostra que a produção nacional de laranja se mantém estável nos últimos 20 anos. No entanto, o equilíbrio entre queda de áreas antigas, abertura de novas plantações e aumento de produtividade garantiu o volume das colheitas. “O Brasil produz aproximadamente as mesmas quantidades de laranja no período, mas houve uma reorganização territorial da cultura”, explica o analista André Farias, da Embrapa Territorial.
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Outras culturas analisadas
O estudo também avaliou culturas como cana, soja, milho e algodão:
Cana-de-açúcar
Dobrou o volume produzido desde 2000 e avançou para novas microrregiões em Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Soja
Expandiu-se por novas áreas do País, principalmente sobre pastagens degradadas.
Milho
Apesar do aumento da produção, permaneceu concentrado em regiões tradicionais do Centro-Oeste.
Algodão
Apresenta forte concentração, com destaque para a região de Parecis (MT).
Sobre o estudo
A análise foi realizada com dados do SITE-MLog, plataforma interativa da Embrapa que reúne mapas, indicadores e estimativas sobre produção, exportação e logística agropecuária. O sistema apoia planejamentos estratégicos públicos e privados relacionados ao agronegócio.
