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Mais de 50 empresários solicitaram nesta quinta-feira, 16 de abril, a reabertura do comércio de Botucatu. O documento do grupo, autodenominado de União do Comércio de Botucatu, encaminhado ao prefeito Mário Pardini (PSDB), solicita mudanças no decreto expedido em 19 de março e que determinou o fechamento das lojas e empresas consideradas não essenciais para se evitar aglomerações de pessoas e se evitar o contágio por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
O atual decreto, de número 11.943/2020, apresenta relação de permissão de funcionamento a alguns setores do comércio tido como essenciais para se evitar desabastecimento de alimentos e insumos. Também ressalta que determinadas áreas que não estejam contempladas e que venham a desrespeitar a determinação serão autuadas, podendo até mesmo perder o alvará de funcionamento. A ordem tem validade até 31 de abril sendo que, neste período, duas empresas foram multadas e foram lacradas.
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Segundo os empresários, desde que o decreto entrou em vigor, em 23 de março, o mesmo foi prontamente atendido pelas empresas signatárias do pedido. “Com o surgimento em nosso território e a rápida proliferação viral, e considerando pouco conhecimento sobre medidas alternativas para evitar a transmissão do mesmo, o distanciamento foi integralmente respeitado”, justificam.
No entanto, com o decorrer da pandemia nas últimas semanas tem gerado, segundo os solicitantes, prejuízos com a queda de receita e a manutenção de custos diversos. “Não apenas o comércio local vem sofrendo incomensuráveis perdas com fechamento integral, mas também a indústria. O fechamento total vai gerar vasto inadimplemento, desemprego em massa, redução na arrecadação do Município, enfim, a previsão é desoladora”, ressaltam.
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Entre as medidas apresentadas estão a implantação de uma estação de higienização em pontos estratégicos; alternância entre dias fechados e abertos que consiste em ciclos aleatórios para as lojas; revezamento de funcionamento por segmento; revezamento por meio de identificação (como ocorre com a distribuição de correspondências).
O documento também reforça a implantação de medidas, por parte dos lojistas, como a ” a frequência de limpeza de
pisos, corrimãos, maçanetas e banheiros, bem como reforçar as medidas de higienização dos ambientes internos e externos dos estabelecimentos, utilizando-se de água sanitária ou cloro para desinfecção dos ambientes, com intervalo máximo de três horas”, além de “disponibilizar locais com água e sabão para lavar as mãos com frequência ou disponibilização de álcool na concentração de 70% para funcionários e clientes. Promover a organização de equipe ou placas com orientação dos consumidores no tocante da efetiva higienização das mãos.
Divulgar na entrada do estabelecimento a recomendação de não entrada de pessoas do grupo de risco, para controle desta medida solicitar documentação. Autorizar apenas o ingresso de clientes com máscaras.”
Neste contexto, é ressaltada a limitação de pessoas dentro dos estabelecimentos, além de medidas que impeçam a aglomeração de pessoas nas lojas.
Segundo a assessoria da Prefeitura de Botucatu, o documento já está em posse do prefeito, que deverá analisar as propostas para possivelmente decidir se acata ou não as sugestões. Por enquanto, o decreto em vigor vai até 31 de abril.