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Um garoto de programa de Mairinque entrou na Justiça para cobrar mais de R$ 15 mil de seu “sugar daddy”, um empresário de Botucatu, de quem alega ter sofrido calote. Ele entrou com o recurso e perdeu em primeira instância, mas o Tribunal de Justiça determinou a intimação das partes e audiência de tentativa de conciliação pelo Fórum de Botucatu.
As conversas entre os dois teriam começado em 22 de agosto de 2020, quando o empresário estabeleceu uma relação “sugar”, quando um homem ou uma mulher mais velha se dispõe a bancar uma pessoa mais jovem, com o universitário. O combinado incluía o pagamento mensal de R$ 2 mil ao universitário para que ele ficasse à disposição do empresário durante todos os dias e on-line para fazer sexo virtual. Aos fins de semana, eles se encontrariam pessoalmente.
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Além destas atividades, o “sugar daddy” também pediu por tarefas esporádicas. O eventual trabalho envolveria a contratação de um outro garoto para se relacionar ao vivo com jovem, enquanto o empresário assistiria por videoconferência.
A advogada Simone Fernanda Maciel dos Santos, que representa o jovem, afirma que nenhum pagamento foi realizado pelo empresário desde o contrato estabelecido. Ela conta ainda que o rapaz não é a primeira vítima do “sugar daddy” caloteiro.
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O garoto de programa cobra R$ 15.395,90 na Justiça, que deverá ser acrescido de juros de mora e correção, por todos os serviços prestados. Já houve uma tentativa de negociação entre os advogados dos envolvidos, sem sucesso. O rapaz, que é universitário, conta que se sente frustrado e explorado com a situação.
A reportagem tentou localizar o advogado de defesa do empresário, mas não teve êxito. Na apelação, o relator escreve que, embora inexista vedação legal à prostituição no Brasil, a questão apresentada nos autos consiste em saber se tal atividade ofende a moral e os bons costumes, o que invalidaria o negócio em caso afirmativo.
“O tema, entretanto, é controvertido. Atualmente, com a evolução da sociedade contemporânea, que está em constante transformação de seus valores, a atividade de prestação de serviços sexuais tem se integrado à realidade atual”, manifestou em outro trecho. O processo corre em segredo de Justiça pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Fonte: Jornal Cruzeiro