25 de novembro, 2024

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Botucatu em luto na comunicação: Morre repórter Carrapato

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Morreu na noite da terça-feira (11), aos 69 anos o conhecido repórter Carrapato, Wagner Pires de Camargo, em Botucatu

Nos últimos anos, o ex-profissional da comunicação vivia no Asilo Padre Euclides. Ele ficou conhecido ao trabalhar no programa O Palanque, da rádio AM F-8.

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Com o bordão “Repórter Carrapa­to, sempre em cima do fato!”, Carrapato tinha a frase como uma das  mais conhecidas da história do Rádio de Botucatu, instantaneamente ligada a notícias policiais.

O velório segue durante todo o dia no Complexo Funerário Orlando Panhozzi e o sepultamento marcado para às 16h30, no Cemitério Portal das Cruzes.

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Homenagem

Em 2016, o Jornal Leia Notícias foi ao encontro de Wag­ner Carrapato para entrevistá-lo. Quando a repor­tagem chegou ele estava sentado em sua cama, com a televisão ligada, ouvindo rádio e lendo jornal. “Faz mais de 10 anos que parei de traba­lhar na imprensa, mas ainda acompa­nho tudo que posso para saber o que está ocorrendo em Botucatu”, justifi­cou Carrapato.

Com mais de 30 anos trabalhando na impressa falada de Botucatu, com passagens mar­cantes pelas rádios PRF-8, Municipa­lista e Clube FM, Carrapato lembra com saudade do tempo que traba­lhava na comuni­cação, mas diz não sentir mais falta. “No começo eu sentia (falta), mas agora não mais. A idade vai chegando e fico vivendo de lembranças. Sem­pre tive ótimas lembranças da minha época de Rádio. Era um ambiente mui­to bom. Fiz muitos ami­gos. Posso dizer que foi uma época de criativi­dade e bas­tante feliz da minha  vida ” , disse emocio­nado.

Carrapato foi leva­do ao Asilo pelo seu filho, de 36 anos, e garante que hoje tem apenas uma ví­cio: o cigarro. “Tive uma incompatibili­dade com meu filho e a minha única saída era aqui, o Asilo. Eu não bebo mais. Na verdade, bebia socialmente, só que a minha vida social era mui­to intensa. Agora não sinto mais falta da bebida. Meu úni­co vício é o cigar­ro. Eu fumo há 48 anos”, explicou.

O antigo repórter policial afirma que está bem de saúde, mas sente falta de poder sair, as vezes. “Estou bem, estou tranquilo. A cabe­ça está boa. Eu me cuido. O que tenho vontade é de ter a minha vida social de volta, mas por di­ficuldade financeira preciso permanecer aqui”, disse Carra­pato, que também gostaria de re­ver alguns amigos que fez no tempo da impren­sa. “Talvez, muitos nem saibam que estou aqui. O Clayton (Di­niz, locutor da Rádio F8) vem me visitar, mas seria muito bom rece­ber mais visitas dos a m i g o s que fiz na época que trabalhava na imprensa. Será muito bom relem­brar o passado, como estamos fa­zendo agora”.

Para finalizar, o Repórter Carrapa­to, sempre em cima do fato, deixou um recado para todos que trabalharam com ele ou que acompanhavam seu trabalho. “Man­de um abraço meu para todos os ami­gos, aqueles que nos ouviam e aque­les que trabalhamos juntos. Quero que saibam que carrego eles no meu cora­ção”, afirmou Wag­ner Carrapato.

Ao final da entre­vista estava ocor­rendo uma festi­nha no Asilo, mas, assim que termi­nou de responder as perguntas, Car­rapato preferiu voltar para o seu quarto, retomar sua leitura e acom­panhar as notícias, sem dúvida uma das maiores pai­xões da sua vida.

Jornal Leia Notícias

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