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Ação da Polícia Civil cumpre mandados em cinco cidades e investiga esquema de compra de entorpecentes no Paraguai para venda em São Paulo
A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, nesta quinta-feira (18), a Operação Argyros contra uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Botucatu está entre as cidades onde foram cumpridos mandados judiciais durante a ação, que também ocorreu na capital paulista, Carapicuíba, Bragança Paulista e em endereços de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.
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As investigações apontaram que o grupo mantinha um esquema estruturado de compra de entorpecentes no Paraguai para posterior venda em território paulista. A atividade ilícita permitiu a aquisição de bens de alto valor, como imóveis, carros de luxo e relógios, que agora são alvo de apreensão.
No total, são cumpridos quatro mandados de prisão e 19 de busca e apreensão. Cerca de 70 policiais da 6ª Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (Disccpat) participaram da operação. Até o momento, um homem foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
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Durante as diligências, os agentes apreenderam dois veículos, um fuzil, uma máquina prensadora e embalagens com resquícios de drogas.
De acordo com o delegado Tárcio Severo, responsável pela coordenação da operação, as investigações tiveram início há aproximadamente quatro meses, após a identificação de envolvidos em uma quadrilha voltada ao tráfico de drogas. Com o avanço do trabalho de campo e a quebra de sigilos telefônico e telemático, foi possível constatar a existência de um esquema maior de aquisição e distribuição dos entorpecentes.
Segundo o delegado, os valores obtidos com o tráfico eram lavados por meio de empresas de fachada, com o objetivo de ocultar a origem ilícita dos recursos. Ele ressaltou que operações desse tipo não apenas combatem o tráfico, mas também enfraquecem financeiramente as organizações criminosas.
A ação recebeu o nome de Operação Argyros, termo que significa prata em latim, em referência ao padrão de vida luxuoso mantido pelos integrantes do grupo com recursos provenientes do crime.
Os registros da ocorrência serão feitos na 6ª Disccpat, vinculada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). As diligências seguem em andamento.