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Os registros de casamentos gays mais que dobraram nos cartórios das principais cidades do centro-oeste paulista nos últimos dez anos, segundo levantamento da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) feito a pedido do g1.
Entre 2013, ano da regulamentação da união homoafetiva no país, e 2022, as celebrações em Bauru, Botucatu, Marília e Ourinhos aumentaram 135%, 288%, 200% e 125%, respectivamente.
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Em Botucatu, que registrou a maior das quatro altas, os casamentos entre pessoas do mesmo sexo saltaram de 9 para 35. Já em Bauru, principal município da região, o aumento foi de 17 para 40. As duas cidades apresentaram altas consecutivas nos últimos três anos.
O aumento local, no entanto, não foi constante durante todo o período. Nos quatro municípios, houve queda no número de casamentos em 2020, ano de início da pandemia de Covid-19. Três deles também apresentaram redução nos registros antes da crise sanitária.
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A regulamentação do casamento homoafetivo completou dez anos no último dia 14. Em maio de 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou uma resolução que passou a garantir aos casais gays o direito de se casar no civil. Com a medida, tabeliães e juízes ficaram proibidos de se recusar a registrar a união.
Desde então, os registros de uniões homossexuais aumentaram não só no centro-oeste paulista, mas em todo o Brasil. Segundo a Arpen, os registros em cartório dos casamentos gays quadruplicaram no país. Os números saltaram de 3,7 mil em 2013 para quase 13 mil em 2022.
Apesar da alta, para Roberto Francisco Daniel, o padre de Bauru que foi excomungado da igreja católica por defender a diversidade sexual, os avanços trazidos pela regulamentação ainda são lentos.
Casamentos entre homens X entre mulheres
A alta na região ocorreu nas uniões feitas por ambos os sexos. No entanto, foram registradas mais celebrações entre mulheres (63) do que entre homens (42) na somatória das quatro cidades.
Fonte: G1 (Imagem: Imagem de vecstock no Freepik)
