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No próximo domingo, Alcides Batista da Silva Neto e Karuza Cunha completam um mês de esperança renovada. Em 16 de maio, o casal trouxe ao mundo os gêmeos Kaynan e Isadora, concebidos por fertilização in vitro para tentar salvar a vida da filha do meio, Nicoly Cunha da Silva.
Com 7 anos, a menina trava uma dura batalha contra a anemia falciforme, doença genética que provoca deformação dos glóbulos vermelhos e só pode ser curada por meio de um transplante de medula óssea.
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Com a vinda dos gêmeos, a expectativa é que as células-tronco coletadas dos cordões umbilicais possam ajudar a salvar a vida da garotinha. “Por causa da doença, Nicoly sofre com vasoclusões que provocam muitas dores. Algumas vezes, como ocorreu nesta última semana, ela precisa ser internada e tomar morfina. Se essa vasoclusão ocorrer na cabeça, ela pode ter um AVC. Se for no coração, pode ter um infarto. Além da qualidade de vida ruim, o risco de morte é real” conta o pai, um mecânico de aeronáutica de 35 anos.
Ele e Karuza, de 33 anos, ainda têm uma filha mais velha, Yasmin, de 15 anos, mas os exames demonstraram que ela não era uma doadora de medula compatível. Foi então que, no início do ano passado, a família, moradora de Botucatu (100 quilômetros de Bauru), começou a se mobilizar.
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Além de buscar informações sobre especialistas na área, iniciaram uma campanha com o objetivo de arrecadar fundos para custear todos os procedimentos. Até o momento, o casal já desembolsou cerca de R$ 40 mil para garantir a fertilização com um profissional da cidade de São Paulo.
“Como o doador precisa ser 100% compatível, o médico explicou que o material para transplante só poderia vir dos nossos filhos”, acrescenta Neto. Ele explica que, para a fertilização in vitro, os embriões foram previamente selecionados para garantir que fossem totalmente compatíveis antes mesmo da implantação no útero de Karuza.
ESPERA
Logo após o parto, as células-tronco foram coletadas dos cordões umbilicais, mas a quantidade não se mostrou suficiente para garantir uma boa margem de segurança para o transplante.
Por isso, a família retornará em setembro ao especialista, no Hospital Sírio-Libanês, para saber os próximos passos a serem dados.
“Talvez, a gente precise esperar os bebês crescerem mais um pouco para coletar material deles de novo”, observa o pai. Segundo Karuza, a expectativa para o sucesso do procedimento é grande. “Meu coração de mãe mantém a esperança. Ficamos cinco anos aguardando um doador compatível, que nunca apareceu. Então, corremos atrás de outra solução e, agora, estamos muito otimistas”, completa.
Apesar de estar em compasso de espera, a família continua em campanha para poder custear o futuro transplante. Quem quiser ajudar pode depositar qualquer quantia no banco Santander, agência 0039, conta poupança 60037174-2, em nome de Nicoly Cunha da Silva (CPF 481.412.988-28).
Fonte: Jcnet