18 de novembro, 2024

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Botucatu: Comércio volta nesta sexta-feira, 1º de maio, com restrições e horário reduzido

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Com a expiração do decreto municipal que previa o isolamento social e a obrigatoriedade do fechamento das lojas consideradas não essenciais para conter a Covid-19, o comércio de Botucatu prepara seu retorno gradual às atividades neste dia 1º de maio. Com restrições, o varejo abrirá suas portas das 10 as 15 horas.

Mesmo sendo feriado nacional, as entidades representativas do setor, Sindicato do Comércio Varejista de Botucatu (Sincomércio) e Sindicato dos Empregados no Comércio Varejista (Sincomerciários) sinalizaram positivamente para que as lojas pudessem reabrir. A informação foi dada pela presidente do Sincomércio, Fátima Baldini. O município possui 2.467 empresas do setor varejista (nem todas serão contempladas neste momento), segundo dados do Ministério do Trabalho. Segundo ela, excepcionalmente nesta sexta-feira, 1º de maio, o horário será reduzido, como forma de adequação às normas estabelecidas pelo decreto Nº 11.975, emitido pelo prefeito Mário Pardini em 22 de abril.  

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A reabertura das lojas foi viabilizada após diversos encontros entre o Poder Público e representantes do comércio. A partir daí ocorreu a delineação das condições às quais as lojas consideradas não essenciais deverão operacionalizar. “Após reuniões com autoridades médicas e do próprio Ministério Público. “Quis falar novamente aos grupos de empresários que, o que foi autorizado pelas autoridades médicas e jurídicas é que foi permitido somente o drive-thru. O decreto é justamente isso: a manutenção do isolamento e distanciamento social e autorização de operação restritiva. É um conceito aprovado em diversas cidades do mundo e que está sendo adaptado ao nosso comércio. É uma racionalização das atividades. Peço que os empresários cumpram rigorosamente o que está estabelecido pelo decreto”, salientou o prefeito Mário Pardini em entrevista à rádio Clube FM.

Entre as condições para que o comércio retomasse suas atividades estão a proibição do acesso de qualquer cliente ao interior das lojas; vendas antecipadas e entrega pelo sistema de drive-thru, onde os clientes terão até 15 minutos para o atendimento. Não serão permitidas vendas a pessoas fora dos veículos, bem como a formação de filas nas áreas dos estabelecimentos. Nem todas as lojas estão contempladas com as regras: aquelas com área acima de 750 m² não poderão funcionar neste momento. Quanto a questões de seguranças, o decreto municipal estabelece a obrigatoriedade do fornecimento dos equipamentos de segurança como máscaras e a disponibilização de álcool gel aos funcionários.

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Outro ponto nesta retomada do comércio centrará ao fluxo de veículos pelos principais corredores comerciais. Conforme estabelecido pelo decreto, os principais corredores comerciais como Rua Amando de Barros, Avenida Dom Lúcio e Rua Major Matheus terão estacionamento de veículos proibidos, a fim de atender à possível demanda de veículos para a retirada de mercadorias.

O prefeito salientou que as medidas poderão sofrer alterações devido à evolução da doença. O sistema de drive-thru terá a fiscalização de 40 agentes públicos que ficarão nas áreas permissionárias de atendimento. Também prestarão assistência de informação a lojistas e consumidores. O decreto Nº 11.975 terá validade até 11 de maio. 

Prestadores de serviços

Botucatu concentra 3.423 profissionais autônomos e prestadores de serviços. A retomada das atividades destes profissionais também começa nesta sexta-feria, 1º de maio, mediante condições também estabelecidas pelo decreto 11.975.

Serviços como cabeleireiros, barbeiros e similares, poderão retomar as atividades, desde que respeitados os cuidados abaixo: não realizar atendimentos em clientes que apresentam sintomas respiratórios como: coriza, tosse, febre e mal-estar.

Além disso, precisarão adotar os seguintes procedimentos: fornecer álcool em gel 70% (setenta por cento) na entrada do estabelecimento; higienizar as mãos com álcool 70% (setenta por cento) entre um procedimento e outro; não realizar atendimentos em clientes que apresentem sintomas como: coriza, tosse, febre, dor de garganta e mal-estar;  atender clientes somente com horário marcado, não podendo ficar pessoas aguardando para serem atendidas; demarcação e orientações de manter distâncias de ao menos 2,0 (dois) metros entre as cadeiras; fazer o uso de máscaras; exercer prioridade ao atendimento do grupo de risco; orientar a não necessidade de mais de que um membro da família frequente o estabelecimento; manter a higienização interna e externa dos estabelecimentos com limpeza permanente; manter disponível kit completo de higiene de mãos nos sanitários de clientes e funcionários, utilizando sabonete líquidos, álcool em gel e toalhas de papel não reciclado.

Ônibus em horário reduzido

O sistema de transporte coletivo urbano terá seus horários mantidos em escala de domingo, com os horários reduzidos. Segundo o prefeito, a medida poderá ser alterada conforme a flexibilização do isolamento social e com a evolução dos índices de contágio da doença. 

Mobilizações tentam impedir ou contestam o retorno do comércio

A medida de abertura gradual do comércio é contestado por alguns setores da socidade. Na quarta-feira, 29 de abril,  um abaixo-assinado foi encaminhado à Defensoria Pública do Estado (DPE) solicita que o órgão estadual se manifeste quanto à decisão de flexibilizar as medidas de quarentena  adotadas pelo prefeito Mário Pardini (PSDB) como forma de coibir o contágio por covid-19.

O documento é assinado por 76 populares, entre eles alguns profissionais e estudantes da área da saúde, engenheiros, profissionais liberais, entre outros. Segundo consta, a preocupação dos populares é quanto ao efetivo controle da curva de contágio após a liberação do comércio. 

Outro movimento é da União de Mulheres na Política em Botucatu, grupo composto por 53 mulheres residentes no município que, por meio de carta aberta endereçada ao prefeito Mário Pardini, questiona a viabilidade da reabertura, bem como da estrutura logística de atendimento. Também frisam a necessidade de apoio aos funcionários quanto às medidas de segurança e proteção.


Flávio Fogueral – Jornal Leia Notícias

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