26 de julho, 2024

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Botucatu: Comando da PM abre inquérito para apurar denúncia de mulher que afirma ter sido agredida por policiais

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Após o caso de agressão contra um homem no último final de semana envolvendo Políciais Militares, o Comando da Polícia Militar de Botucatu, instaurou um novo inquérito após outro caso, desta vez envolvendo as denúncias de uma mulher.

De acordo com o que foi apurado pelo portal Metrópoles, a mulher muradora de Botucatu, acusa policiais militares de xingá-la de “vagabunda”, algemá-la sem motivo e usar um pedaço de madeira para agredi-la na frente de três filhos, no dia 5 de janeiro. Após o episódio, a vítima diz que tem sofrido ameaças e precisou sair da cidade.

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A mulher de de 37 anos, relata que ficou com hematomas pelo corpo e no olho direito e diz que “quase perdeu a visão”. Um vídeo da ocorrência, feito por vizinhos mostra o momento que a mulher está algemada, já no chão, com um PM sobre ela.

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A cena aconteceu na presença de três dos cinco filhos da mulher, que têm 5, 8 e 9 anos, de acordo com a vítima. A pancada que ela levou no rosto teria sido após o momento gravado pelas testemunhas. Ela não fez exame de corpo de delito, mas registrou as lesões no olho dias após o episódio.

Versão da mulher

A mulher conta que estava em casa, preparando o jantar das crianças, quando saiu para avisar a uma vizinha do conjunto habitacional que o filho da colega, de 12 anos, estava brincando na sua casa.

Na casa da amiga, a mulher diz que foi avisada que PMs estavam fazendo buscas no local. “Mas eles não podem entrar na casa de ninguém sem autorização”, teria dito a mulher. Foi quando um dos policiais a teria xingado de “vagabunda”.

Ela diz que o PM perguntou se ela sabia “com quem estava falando” e dito: “Quem manda aqui sou eu”. Já em uma área comum do conjunto habitacional, os dois teriam começado a discutir, o PM a encurralou em uma parede e desferiu dois golpes na região do tórax, segundo a vítima.

A mulher relata que tentou reagir, caiu e foi algemada. “O policial ficou pisando no meu tórax, onde tenho um tumor, e ficou muito machucado”, diz ao Metrópoles.”.

Ao ser empurrada contra a parede, a mulhre teria batido em um suporte de orquídea, que quebrou. Foi essa madeira que o PM teria usado para agredi-la no rosto. “Eu desmaiei na hora”, afirma.

Ameaça

Ela afirma que foi conduzida depois para a delegacia, sob alegação de ter cometido crimes de “resistência” e desobediência”. Depois, ela foi encaminhada para o Hospital das Clínicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu.

Ainda de acordo com a vítima, o PM disse na delegacia que ela teria tentado tomar sua arma – o que ela nega.

A mulher procurou o 12º Batalhão para prestar queixa da ocorrência. Segundo afirma, ela passou a sofrer ameaças de um agente do batalhão para desistir da denúncia e decidiu sair da cidade.

“Eu quase perdi a minha vista, meu olho está torto e os meus filhos viram tudo”, afirma. “É muito triste ter que passar por tudo isso. Estou com medo, mas não vou retirar a queixa. Até quando a gente vai ficar aguentando que essas coisas aconteçam?”.

O que diz a Polícia

Em nota oficial, o Comando do 12º Batalhão afirmou que abriu o Inquérito para apurar as denúncias e as imagens do momento da abordagem.

A Polícia ainda apontou que estava no local dos fatos, conhecido por rotineiras ocorrências ilícitas relacionadas ao tráfico de drogas, quando a mulher iniciou atos de desacato e resistência.

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