10 de maio, 2025

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Botucatu: Com ato em frente à Câmara, grupo pede diálogo aberto quanto à liberação do rodeio

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Um grupo favorável à liberação dos rodeios em Botucatu promoveu, na tarde de ontem, um ato simbólico em frente à Câmara Municipal. O intuito foi pedir que os debates quanto ao Projeto de Lei (PL) nº 073/2018, que trata da implantação de políticas contra os maus tratos aos animais, ocorresse de forma ampla e que pessoas do setor pecuário e também de eventos do tipo sejam ouvidas.

De autoria do Executivo, a proposta traz diversas regulamentações e definições sobre a conduta frente aos animais para coibir maus tratos. Alguns pontos estabelecem punições, como aplicação de multas, e regulação na criação de animais no âmbito municipal.

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O texto deu entrada na Câmara Municipal e foi apreciado no dia 16 de abril.

Porém, emenda dos vereadores Edinei Lázaro da Costa Carreira (PSB), Paulo Renato (PSC) e Cula (PSD) altera alguns itens do PL, podendo assim facilitar a promoção de provas de laços e rodeios no município. Estes eventos estão proibidos em Botucatu desde 2008.

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Durante toda a tarde, os integrantes do grupo ocuparam o espaço da Praça Emílio Pedutti, tentando diálogo com os vereadores. A mobilização ocorreu, em parte, por convocação em redes sociais. Veterinários autônomos, pecuaristas produtores rurais, técnicos e simpatizantes por provas equestres tentaram convencer os parlamentares a ampliarem o diálogo sobre o tema. “Muitas pessoas que vivem em Botucatu e praticam rodeios e provas equestres no município não poderão nem mesmo treinar na própria casa. O que queremos é uma regulamentação e não a proibição total”, salienta André Sacomane, empresário do setor e um dos organizadores do ato em frente à Câmara Municipal.

Segundo ele, o setor pecuário e de entretenimento relacionado garante a geração significativa de receita ao município. Usou, como exemplo, sua própria empresa que abriga 70 animais voltados exclusivamente para o rodeio, além de empregar 40 pessoas diretamente. Se a lei for mantida, Sacomane cogita em vender sua área e transferir as atividades para outro município.

Quanto aos maus tratos, o empresário garante que este é um assunto já amplamente debatido e que o sedém não agride o animal. “Está sendo ouvido apenas um lado desta história. Ou melhor, todo esse assunto foi tratado às portas fechadas. Ficou provado que o sedém não agride o animal”.

Durante toda a semana as discussões em torno do assunto foram intensas, tanto nos bastidores políticos quanto nas próprias redes sociais. Dezenas de abaixo-assinados circularam pela internet, tanto favorável como contra a liberação dos rodeios.

Os defensores do bem estar animal argumentam que os rodeios brutalizam os animais devido a violência do ‘esporte’ e por isso entendem que a emenda do rodeio não deveria estar incluída na legislação do bem.

O Prefeito de Botucatu, Mário Pardini (PSDB), recentemente deu declarações públicas de que o texto que proíbe a realização dos rodeios e provas de laço não seria alterado.

O problema é que esgotado tais argumentos existem agressões verbais de ambos os lados e até empurra-empurra, já que os vereadores não votam a lei. Emissoras de rádio que abordaram a questão, seja tomando lado na discussão ou apresentando os dois argumentos sobre a lei e a emenda, também estão sendo ameaçadas por militantes da causa animal e dos rodeios.

Na Sessão de ontem, o vereador Paulo Renato – um dos incentivadores do Rodeio – pediu o adiamento da discussão e votação. O PL voltará em discussão na próxima Sessão da Câmara Municipal.

 

 

Fonte: Jornal Leia Notícias – Flávio Fogueral e Haroldo Amaral

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