17 de maio, 2024

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Botucatu: Chafariz dará lugar a estátua de pioneiro da Medicina da Unesp, em Rubião Jr.

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Nas últimas semanas, a comunidade acadêmica do câmpus de Rubião Júnior da Unesp, além de visitantes e usuários dos serviços de saúde, observam uma obra no mínimo curiosa: o antigo chafariz instalado em frente à entrada principal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu foi demolido e está sendo substituído por uma estátua, em homenagem ao professor Mário Rubens Guimarães Montenegro, personagem histórico da vertente acadêmica botucatuense.

O monumento será uma representação, em corpo inteiro do professor, coordenador da implantação da antiga Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (FCMBB), em 1962, embrião do que viria a ser o câmpus da Unesp, a partir de 1976. A construção, segundo a Assessoria de Imprensa da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), é de responsabilidade da primeira turma de médicos formados pela instituição, que neste ano completa cinquenta anos da graduação.

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De acordo com a FMB, a construção da estátua – concebida pelo escultor botucatuense Pedro César, será de bronze com pedestal em granito – foi acompanhada de perto pela família, dando autorização para a representação. A instalação da estátua será, inclusive, em uma avenida que leva o nome do homenageado. Todo o custeio (incluindo a compra da estátua e a estrutura para comportar a mesma), informa a faculdade, é de responsabilidade dos médicos organizadores da homenagem. Os valores não foram publicamente informados pelo grupo. A inauguração oficial será no dia 7 de abril.

“A instalação da estátua naquele local é plena de simbolismo. Naquele local, há 55 anos, os ônibus chegavam, repletos de alunos, de jovens professores e de sonhos de criar a faculdade. Os que viveram aqueles momentos, relatam que o professor Montenegro apresentou o prédio aos alunos e, abrindo os braços, dizia que ali seria criada uma grande faculdade”, salienta a professora Maria Cristina Pereira Lima, vice-diretora da Faculdade de Medicina de Botucatu.

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A substituição do antigo chafariz, que estava sem utilização nos últimos meses, foi autorizada pelas demais unidades da Unesp instaladas no câmpus de Rubião Júnior- Faculdades de Medicina; Medicina Veterinária e Zootecnia e Instituto de Biociências. O Hospital das Clínicas, mesmo não tendo jurisdição ao espaço, também deu o ‘aval’ para a estátua alusiva ao professor Montenegro. O chafariz foi construído durante a gestão da ex-diretora da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) e ex-vice reitora da Unesp, Marilza Vieira Cunha Rudge, entre os anos de 2001 e 2004.

Integrante da turma pioneira de medicina, Irene Pinto Silva Masci, delegada da Associação Paulista de Medicina (APM), afirmou que a construção da estátua é uma singela amostra da gratidão que a turma possui pelo antigo professor. “Quisemos homenagear o professor Montenegro nesses 50 anos de formados. Ele, assim como tantos outros, que nos recebeu na nova escola, foi essencial para que a FCMBB fosse um modelo no ensino médico”, ressaltou.

A estátua, em fase final de construção, não é a única homenagem feita ao professor. Um busto instalado no Departamento de Patologia da FMB e a própria avenida principal do câmpus de Rubião Júnior – e que leva o nome do médico -, completam as lembranças que a comunidade acadêmica unespiana tem do pioneiro.

Mário Rubens Guimarães Montenegro nasceu em 1923. Graduou-se em 1946 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Com ampla atuação na área acadêmica e científica, foi um dos responsáveis pela implantação da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (FCMBB), ainda em 1962. Professor Montenegro faleceu no dia 11 de fevereiro de 2005, aos 82 anos. Seu corpo foi velado no Departamento de Patologia, onde era vinculado.

 

Polêmica nas Redes Sociais

A nova homenagem ao ‘fundador’ da FCMBB, no entanto, causou polêmica nas mídias sociais, com alguns servidores da Unesp criticando a obra pelo momento em que a mesma ocorre. Em 2017, a própria universidade atrasou o pagamento do décimo terceiro salário dos mais de 2.500 colaboradores alocados em Botucatu e regidos em sistema de autarquia. Os pagamentos ocorreram de forma parcelada, em dezembro e fevereiro, após determinação judicial e estando sujeita à multa.

“Como é de amplo conhecimento, as universidades públicas paulistas estão enfrentando um momento delicado no que tange ao financiamento. Sabedores das dificuldades orçamentárias que enfrentamos, os ex-alunos da primeira turma se organizaram e estão pagando integralmente todas as despesas referentes à instalação da estátua e à sua feitura”, ressalta a vice-diretora da FMB.

 

Fonte: Flávio Fogueral / Jornal Leia Notícias

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