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Para muitos tutores, os animais de estimação são como membros da família que precisam de amor, carinho e cuidados, tornando-se inevitável o vínculo emocional. E como o tempo de vida médio é mais curto do que o dos humanos, muitos precisam se deparar com o fim da trajetória do seu companheiro.
Foi pensando em proporcionar um momento de despedida para amenizar a dor dos donos de pets que surgiram os cemitérios de animais no centro-oeste paulista. O Cemitério Animal de Botucatu está ativo há mais de 20 anos.
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De acordo com o proprietário Clóvis Bettus, de 72 anos, o primeiro sepultamento ocorreu em 3 de agosto de 2001 e foi de seu próprio animal.
Cóvis diz que a ideia surgiu quando perdeu o King, seu bichinho de estimação da raça Crocker, em 1992. A sobrinha, que morava em Londres na época, já havia visto cemitérios para animais e sugeriu que o tio estudasse a possibilidade. Nove anos depois, ele criou o cemitério.
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“A dor bateu no coração quando o King morreu. Depois disso, achei que ele deveria ter um lugar digno para ser sepultado. Demorei 9 anos para conseguir concretizar a ideia, que foi dada pela minha sobrinha que estudava em Londres”, disse.
Desde agosto deste ano, último mês que realizou a contagem, eram mais de 1.608 animais de pequeno e médio porte sepultados, vindos de toda a região. Entre os serviços que oferece, inclui sepultamento, transporte sem taxa para o município, velório e as chamadas “gavetas rotativas”, onde armazenam a ossada do bichinho.
Na pandemia, Clóvis lembra que os sepultamentos não diminuíram, porém, a visitação sim. Neste feriado de Finados, o proprietário espera que o movimento seja maior, se comparado ao ano passado. “Temos expectativa de atender de 40 a 60 famílias”, diz.
G1