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A Rodovia João Hipólito Martins (SP-209), a popular “Castelinho”, em Botucatu, foi classificada como a décima quinta melhor rodovia do país, conforme levantamento da 22ª edição da Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada na quinta-feira, 18. O ranking analisou mais de 107.161 quilômetros em todo o país.
O resultado, no entanto, mostra queda no desempenho da rodovia que, desde 2009, está sob gestão da iniciativa privada. Em 2015, por exemplo, a Castelinho foi considerada como o nono melhor trecho do país. Na pesquisa anterior da confederação, no entanto, a SP 209 foi a décima terceira melhor rodovia do país, segundo o estudo da CNT.
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No levantamento deste ano foram analisados quesitos como pavimentação asfáltica, geometria da via, sinalização, acessos e dispositivos de segurança, prevalência de pontos críticos, além de serviços oferecidos aos usuários. Quanto à Castelinho a avaliação atingiu os 21 quilômetros de extensão, tendo como estado geral sendo considerado “ótimo”. Os demais quesitos, como pavimento e sinalização, também receberam a classificação máxima. Apenas a geometria da via teve ponderação regular pela CNT.
A Castelinho é administrada pela Rodovias do Tietê, quando da concessão do trecho do Corredor Leste da Rodovia Marechal Rondon (SP-300). Nestes anos recebeu investimentos superiores a R$ 4 milhões, conforme a própria empresa responsável por sua administração.
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A rodovia passou por investimentos e mudanças em sua estrutura. Além de duplicada, a rodovia sedia um dos doze postos do Sistema de Atendimento aos Usuários (SAU), balança para caminhões em situações de fiscalização, telefones para solicitação de emergência, fiscalização por câmera e passarela para travessia de pedestres. Em alguns trechos há fiscalização por radar, principalmente na área urbana.
Situação insatisfatória no país
A malha pavimentada brasileira continua em condições insatisfatórias, ainda que tenha apresentado uma pequena melhora entre 2017 e 2018, conforme a Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte. De acordo com o levantamento, 57% dos trechos avaliados apresentaram estado geral com classificação regular, ruim ou péssima. Em 2017, o percentual com algum problema foi de 61,8%. No total, a CNT pesquisou 107.161 km, o que corresponde a toda a malha federal pavimentada e aos principais trechos estaduais, também pavimentados.
A malha rodoviária paulista, composta por 24 mil quilômetros (entre vias federais, estaduais e municipais), teve 78% de sua extensão classificada como ótima ou boa.
O ranking da CNT apresenta que das vinte melhores rodovias do país, dezenove estão em território paulista. Todas sob gestão da iniciativa privada.
O estudo é um instrumento de consulta para todos os caminhoneiros autônomos e demais transportadores de todo o país. Os dados podem subsidiar políticas setoriais de transporte, projetos privados, programas governamentais e atividades de ensino e pesquisa para o desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas e de passageiros.
Jornal Leia Notícias por Flávio Fogueral