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Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) estão em campanha, na disputa do segundo turno, pela Presidência da República.
Neste momento, em que ocorre uma verdadeira “batalha” de opiniões entre os eleitores brasileiros, com discussões, críticas e acusações, principalmente nas redes sociais, a população cobra também um posicionamento dos políticos de suas regiões, para saber qual dos presidenciáveis receberá apoio.
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No primeiro turno em Botucatu – cujo colégio eleitoral é composto por mais de 96 mil eleitores -, Jair Bolsonaro venceu, obtendo 41.260 votos (56,67%). Fernando Haddad foi apenas o quarto colocado, recebendo 7.358 votos (10%), ficando atrás de Geraldo Alckmin (PSDB) que teve 9.063 (12,24%) e Ciro Gomes (PDT) cuja candidatura angariou 8.913 votos (12,14%) na Cidade.
O Jornal Leia Notícias procurou algumas das principais lideranças políticas da Cidade e questionou qual candidato, Jair Bolsonaro ou Fernando Haddad, receberá apoio neste segundo turno. Na próxima semana, a pedido dos leitores, o Leia Notícias trará o posicionamento dos 11 vereadores da atual legislatura da Câmara de Botucatu.
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Prefeito Mário Pardini
Eleito prefeito em Botucatu, em 2016, com 39.045 votos (58,20%), Mário Pardini (PSDB) fez críticas ao PT, partido de Haddad, e declarou apoio a Jair Bolsonaro, mas frisou a necessidade do respeito à população, sem radicalização. “Não voto no PT de forma alguma. Esse partido afundou nosso país e eu tenho sentido muito o reflexo disso no nosso dia a dia à frente do executivo. Espero que o candidato Bolsonaro possa cumprir tudo que tem explanado como sendo seu plano de governo, sem radicalizar e discriminar as minorias. É a esperança de um Brasil melhor para todos nós”.
Vereador Izaias Colino
Atual presidente da Câmara, vereador em seu segundo mandato, o parlamentar mais votado em Botucatu nas eleições municipais de 2016, com 2.257 votos (3,43%), Izaias Colino (PSDB) fez críticas quanto aos dezesseis anos de mandato do PT na presidência, com ênfase nos escândalos de corrupção que levaram figuras da legenda, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à prisão. “Seguirei a orientação partidária. Não temos alternativas melhores e o caminho acaba sendo esse. Meu candidato, sem pestanejar, será Bolsonaro, por tudo que o governo do PT representou nestes anos todos, com diversos escândalos. Ainda mais por terem lançado a candidatura em frente a um presídio (referindo-se à sede da Polícia Federal em Curitiba-PR, onde Lula está preso). Não vejo condições de apresentar uma candidatura diferente dessa”, frisou.
Vereadora Rose Ielo e ex-Prefeito Mário Ielo
A reportagem tentou ouvir o casal Ielo, mas a vereadora, Rose Ielo (PDT) não retornou o contato e o seu marido, o ex-prefeito Mário Ielo (PDT), não atendeu ao telefone.
Até o momento, eles não se manifestaram oficialmente quanto à escolha ao apoio a um dos dois candidatos a presidente. Ielo, ex-chefe do executivo botucatuense (cargo que ocupou por 8 anos, quando era filiado ao PT, partido de Fernando Haddad), apenas postou em seu perfil, no Facebook, apoio a Márcio França ao governo do Estado. A Executiva nacional do PDT, incluindo Ciro Gomes, declarou nesta quinta-feira, 11, apoio crítico à candidatura de Fernando Haddad.
Mário Ielo já havia ficado “neutro” em 2016, quando foi questionado pelo site Notícias.Botucatu, sobre o Impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
Na última eleição municipal em Botucatu, em 2016, Rose Ielo – reeleita vereadora – obteve 1.766 votos (2,68%). Já Mário Ielo, derrotado por Mário Pardini na disputada pela Prefeitura, recebeu 21.663 votos (32,29%).
Deputado Estadual Fernando Cury
Reeleito deputado estadual com quase 100 mil votos no último dia 7 de outubro, Fernando Cury (PPS), que apenas em Botucatu obteve 39.013 votos (59,34%), não declarou apoio a nenhum dos candidatos (Jair Bolsonaro ou Fernando Haddad). Por meio de sua assessoria de imprensa, o deputado estadual ressaltou que o momento é de trabalhar na campanha de Márcio França ao governo do Estado.
A Executiva nacional do PPS, no entanto, liberou seus filiados e diretórios para o apoio a qualquer um dos candidatos. Em âmbito estadual não houve posicionamento do diretório paulista, onde Cury é o vice-presidente.
Secretario Estadual da Educação João Cury
Ex-prefeito de Botucatu, João Cury Neto – que ocupou o cargo de chefe do executivo municipal entre os anos de 2009 e 2016, ainda no PSDB, partido que foi desfiliado neste ano –, que ocupa atualmente o cargo de Secretário Estadual da Educação, no governo Márcio França (PSB), também não enviou – até o início da noite dessa quinta-feira (11) – o seu posicionamento após a reportagem tentar contato através da sua assessoria, no início desta tarde.
Porém, na última segunda-feira, 8, em entrevista ao Programa A Marreta, da Rádio Municipalista AM, João Cury afirmou que não havia decidido em quem votará no segundo turno, Jair Bolsonaro ou Fernando Haddad. Na mesma entrevista, João Cury falou dos problemas apresentados pelo PT nos últimos anos, mas destacou que conheceu Fernando Haddad, quando o petista era Ministro da Educação do ex-presidente Lula e João Cury ocupava a cadeira de prefeito em Botucatu. Ele lembrou que Haddad ajudou na construção de duas escolas na cidade, na época, e questionou se o candidato do PT conseguirá governar, sem interferências negativas de outros nomes do partido. Sobre Bolsonaro, João Cury também disse que o candidato do PSL, se eleito, teria que “segurar a tropa” que tem ao seu lado. Ele definiu os dois como extremistas e afirmou que no primeiro turno votou em Geraldo Alckmin, sem se posicionar em relação ao segundo turno.
Em Botucatu, João Cury, na última eleição que disputou (2012), foi votado por 38.779 eleitores (57.67%) para Prefeito da Cidade.
Jornal Leia Notícias