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Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, a violência doméstica aumentou aproximadamente 20% durante o período de quarentena no Estado. Entre os dias 20 de março e 13 de abril foram 7.933 registros contra 6.624 no mesmo período no ano passado.
Os casos violentos com agressões físicas, se estiverem ocorrendo, não estão sendo notificados junto aos órgãos de Segurança.
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Segundo apurou a reportagem com a Guarda Civil Municipal de Botucatu, tem ocorrido chamados para atendimento de “discussões familiares”, mas violência física não tem sido registrada nos últimos dias.
De acordo com o comandante da GCM, Leandro Destro, nos últimos dias as equipes tem interferido em chamadas de brigas familiares e os problemas estão sendo resolvidos entre os familiares, sem necessidade de registro de ocorrência estabelecido pela própria família. Neste final de semana, no entanto, houve um caso grave de agressão, que foi encaminhado ao plantão da Policia Civil.
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“As pessoas estão ficando mais dentro de casa, gerando mais atrito familiar. Outro fator relacionado à violência é questão de bebidas. Alcoolismo dentro de casa, gente bebendo, infelizmente é a receita para a violência doméstica. A maioria dos casos tem sido discussões, sem violência física. Tivemos um cidadão preso por violência doméstica. Temos atendido todo o tipo de ocorrência, mas a violência em menor quantidade”, destacou o comandante da GCM.
O Secretário Municipal da Segurança e Direitos Humanos, Marcelo Emílio, também ressaltou que esse tipo de ocorrência tem sido pouco atendido, dentro das demandas da GCM e da Policia Civil. “Tanto a GCM como a Polícia Civil não paralisaram suas atividades e continuam atuando na segurança pública da cidade. Essa questão da violência doméstica não tem sido uma rotina, excluindo um caso atendido pela GCM, que apresentou neste final de semana um agressor que teve sua prisão determinada. Fora isso, temos feito orientações”, ressaltou.
O Secretário destacou que se o munícipe vítima de violência doméstica precisar pode ligar para o 199 da GCM e requerer atendimento. As providencias são diversas, como o registro na polícia judiciária, para que o agressor seja devidamente identificado e punido.
O Conselho Nacional de Justiça divulgou algumas regras que podem ser seguidas por mulheres, idosos e crianças que enfrentem riscos de violência doméstica durante o período de isolamento social:
- – Deixar uma chave reserva da casa em um lugar de fácil acesso para a mulher, sem o conhecimento do agressor. Isso pode permitir sair, caso precise.
- – Avisar vizinhos e pessoas próximas sobre o risco de agressão também é uma iniciativa importante.
- – Estabeleça um sinal ou palavra que possam ser usados para avisar que está em risco. Assim, outra pessoa pode acionar a polícia se houver agressão.
- – Para as pessoas que estão próximas de mulheres em risco, a orientação é manter contatos frequentes com ela, mesmo por meios virtuais. Também evite críticas e julgamentos que podem constranger a vítima e evitar que ela denuncie.
- – Se acolher em casa uma mulher em risco, não divulgue essa informação para não expor a vítima e outras pessoas.
- – Oriente e informe sobre os serviços disponíveis, sobre como fazer boletim de ocorrência e pedir medida protetiva à Justiça.
Jornal Leia Notícias – Haroldo Amaral
