06 maio, 2024

Últimas:

Botucatu: Aumenta o número de pedintes nas ruas de Botucatu nos últimos dias

Anúncios

Está aumentando a quantidade de pessoas mendigando nas vias públicas de Botucatu, pedindo auxílio para compra de alimentos, fraldas, botijões de gás e até pagamentos de contas de água e luz. Normalmente as pessoas que pedem nas vias públicas estão com crianças nos braços. Os locais preferidos para os pedidos são as calçadas dos comércios e em frente a bancos e lotéricas.

A reportagem conversou com um senhor de 35 anos, que estava pedindo ajuda para comprar um botijão de gás, em frente a uma lotérica na Avenida Floriano Peixoto. Ele explicou que vem recebendo doações de voluntários, mas não tem dinheiro para comprar o gás, que naquele dia tinha preço de R$ 80, segundo informava. 

Anúncios

“Tem umas moças que estão nos ajudando, mas o gás acabou e estou desempregado faz quase um ano. Não tenho dinheiro para comprar e estou pedindo ajuda”, explicou.

Questionado sobre o fato de estar com a criança no colo, explicou que ele dividiu as 3 filhas com a esposa, que também estava pedindo ajuda em outra lotérica, na Avenida Dom Lúcio, para comprar o botijão de gás.

Anúncios

A Secretária Municipal de Assistência Social, Sílvia Fumes Carvalho, explicou que todos os serviços de doações de cestas básicas e outras necessidades das famílias em situação de vulnerabilidade continuam sendo feitos. Ela ressaltou, em conversa com a reportagem, que diariamente cada CRAS da cidade tem, em média, atendido aproximadamente 80 famílias.

“Temos atendido até com certa folga em determinados horários a população em dificuldade, todos os dias. Diariamente fazemos o atendimento normal, não houve aumento além daquelas que já estavam recebendo, apenas poucos casos novos. Temos feito horários de agendamento, tanto para atendimento das famílias em situação de risco, como na distribuição de produtos em todos os CRAS espalhados pela cidade”.

Apesar da distribuição de cestas básicas para famílias em vulnerabilidade econômica e social, inclusive àquela criada pela administração com reforço de itens com proteína, conforme o Decreto Municipal, a Secretária reconhece que existem alguns itens que não são distribuídos pela Prefeitura.

Gás, água e energia não tem previsão legal de auxílio na atual legislação. Se a Prefeitura fizer esse tipo de auxilio, o Município poderá ser penalizado e os gestores processados com base na Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Estamos distribuindo todos os dias cestas básicas completas, com mais proteína, diferenciada das que normalmente distribuímos, mas a legislação não permite que destinemos recursos para compra de botijão de gás, pagamento de água, energia e telefones, por exemplo”, informa a Secretária. “Mas isso não impede que a pessoa com problema procure os nossos técnicos e assistentes sociais e explique a situação. Não forneceremos o gás, por exemplo, mas temos condições de pedir auxílio para grupos de voluntários ou mesmo ampliarmos a entrega da cesta básica para que a pessoa em dificuldade use o dinheiro que tem para a compra do gás. Quando nos procuram com esse problema, temos buscado soluções”, explicou.

A Secretária avalia que o aumento de pessoas mendigando em vias públicas está relacionado com a crise econômica que já existia e com o fato novo, a desaceleração econômica promovida pela crise sanitária. “Era esperado o aumento de pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e estamos trabalhando para enfrentar esse problema. Quem estiver com dificuldades pode procurar uma das unidades dos CRAS espalhados na cidade e pedir auxílio”, concluiu Sílvia Carvalho.

Haroldo Amaral / Jornal Leia Notícias

Últimas

Inteligência Artificial vira aliada na radiologia

Inteligência Artificial vira aliada na radiologia

06/05/2024

Uso da tecnologia permite que o radiologista dê diagnósticos mais precisos, facilitando a identificação de sinais...

Categorias