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Há mais de dois meses o caso de um aborto com 30 semanas de gestação chocou a cidade de Botucatu. As informações sobre o caso são restritas e as investigações seguem pela Delegacia de Defesa da Mulher.
Durante uma semana a equipe do Leia Notícias tentou colher mais informações sobre o caso, mas não obteve detalhes do andamento das investigações. A redação do Jornal LN teve acesso ao Boletim de Ocorrência, que relata como o crime foi registrado.
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Na manhã do dia 1 de setembro, uma atleta da cidade de Botucatu, com 31 anos, deu entrada no PS Adulto com fortes dores abdominais. Os médicos realizaram os primeiros atendimentos e a encaminharam para a Maternidade do HC.
Por volta do meio-dia, o médico plantonista da maternidade acionou a GCM após perceber que o relato de aborto da mãe não era compatível com a placenta e o cordão umbilical, que ainda estava dentro do útero.
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A mulher de 31 anos relatou que havia ido ao banheiro e, ao tentar evacuar, percebeu que o feto havia caído na privada e ela teria acionado a descarga.
O médico fez contato com a mãe da mulher, que chegou acompanhada de outra filha. A família desconhecia a gravidez e ao saberem do aborto foram tentar encontrar o corpo.
A mãe da atleta foi até a residência e encontrou muito sangue pelo local. Em desespero, quebrou o vaso sanitário para encontrar o corpo do bebê, porém foi a irmã quem encontrou, enrolado em um lençol sob a cama. Era uma menina.
De volta para o HC, o corpo foi entregue para uma médica pediatra, que constatou cortes profundos no pescoço, tórax e braços.
A bebê pesava 2,800 kg e estava com tamanho compatível com 30 semanas de gestação. Ainda de acordo com a médica, a bebê possuía viabilidade vital, o que também caracteriza infanticídio.
Com respostas evasivas, a mulher de 31 anos relatou para a GCM que havia ficado grávida de um homem casado. Ela disse que não fez pré-natal e que no momento do aborto estava sozinha.
Segundo o BO, ela informou que a bebê chorou após o nascimento, mas que tempo depois parou. Ela embrulhou o corpo da filha em um lençol e saiu de casa, procurar atendimento médico pelo sangramento. A perícia no IML confirmou o aborto causado por instrumento cortante.
Informações de pessoas próximas a família revelam que a mulher não foi presa e estaria internada em um hospital psiquiátrico, sem previsão de alta.
Fonte: Leia Notícias