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Com a chegada da primavera e o calor característico da temporada, não foram apenas os pássaros e as abelhas que estão comemorando e sendo vistos com mais frequência em Botucatu.
Comuns em zona rural e condomínios, os teiús (lagartos), marmotas, capivaras e timbus (conhecido como ‘gambazinho’) estão sendo vistos na área urbana da cidade.
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Há cerca de um mês um veado catingueiro foi capturado pela equipe especializada da GCM, na Praça Botumirim, no Jardim Brasil. Uma onça foi vista na região da Cuesta, próximo da área urbana, e quase todos os dias pessoas relatam na região central, próximo ao Ribeirão Lavapés, a presença de dois lagartos, cada um com mais de um metro, que tomam sol nas pedras das margens do leito de água.
Na região do Distrito Industrial de Botucatu são comuns as seriemas e também lagartos, além de aves, como gaviões. No Parque das Cascatas e Vale do Sol, pela característica dos condomínios, é comum a presença de capivaras que vivem tranquilamente próximas aos lagos. Em áreas alagadas da represa do Rio Bonito, existem até aves típicas do Mato Grosso e da região do Pantanal.
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Segundo o Secretário do Verde e Agricultura, Márcio Piedade, é preciso entender a situação desses animais.
Segundo o agrônomo e secretário municipal, muitos casos ocorrem por pressão da monocultura agrícola (cana, reflorestamento e pastagem) e, por outro lado, devido a boa situação ambiental no centro da cidade.
“Temos muitos problemas ambientais em Botucatu que estão sendo enfrentados, mas, por outro lado, também temos a recuperação dos ribeirões, que antes eram esgotos a céu aberto e agora não estão mais poluídos. Se temos lontras nos ribeirões, significa que temos peixes e as águas estão sem poluição”, exemplificou.
O Secretário contou que em muitas regiões de Botucatu a comunidade já aprendeu a conviver com tais animais selvagens.
“Os lagartos, os Teiús, vivem há muito tempo na área urbana e rural de Botucatu, é o habitat deles, mas nos últimos tempos eles têm aparecido mais devido ao sol e o fim do inverno. Eles são normalmente vistos próximos a rios e em cima de gramados e pedras”, destacou Márcio. Essa é exatamente a situação de um casal que vive nas proximidades do Mercadão Municipal, e que são protegidos por moradores próximos ao Ribeirão Lavapés.
Marcio Piedade destaca que os animais selvagens, assim como os domésticos, estranham a presença de pessoas e podem ser agressivos.
“Nem todos os animais silvestres que estão na área urbana são agressivos por natureza e na maioria das vezes atacam para se defender ou fugir de predadores. Não aconselhamos aprisionar tais animais, assim como caçá-los, pois são protegidos por legislação”, lembrou. Mesmo em área urbana, quem for detido por matar animal da fauna do bioma pode ser preso e ter de pagar pesadas multas.
O Secretário de Meio Ambiente afirma que ao perceber a presença de tais animais, caso estejam sob risco ou oferecendo riscos a humanos e animais domésticos, a Polícia Ambiental e o Grupo de Proteção Ambiental da GCM devem ser acionados. “Não aconselhamos que pessoas sem treinamento façam a contenção desses animais”.
Haroldo Amaral – Jornal Leia Notícias