06 maio, 2024

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Botucatu: Análise denuncia presença de 27 agrotóxicos nas águas de Botucatu. Sabesp nega contaminação

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Vinte e sete pesticidas usados no combate de diversas pragas na agricultura estão presentes em amostras de água oferecidas pelos serviços de abastecimento no Brasil, inclusive na Sabesp de Botucatu. Segundo a reportagem da Agência Pública e Repórter Brasil, tendo como base dados do “Sisagua”, os agrotóxicos foram encontrados em amostras de 1.396 municípios.

“Desses, 16 são classificados pela Anvisa como extremamente ou altamente tóxicos, e 11 estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas, como câncer, malformação fetal, disfunções hormonais e reprodutivas”, informa a reportagem. Botucatu está listada no mapa com diversos agrotóxicos que teriam sido identificados em dados analisados pela Anvisa nos dados do Sisagua – Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano.

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“Dos 27 pesticidas na água dos brasileiros, 21 estão proibidos na União Europeia devido aos riscos que oferecem à saúde e ao meio ambiente”, diz a reportagem.

No município de Botucatu, segundo a reportagem da Agencia Pública, Repórter Brasil e a organização suíça Public Eye, 27 tipos de resíduos agrotóxicos sairiam das torneiras da Sabesp, sendo 11 associados às doenças crônicas, como câncer, defeitos congênitos e distúrbios endócrinos.

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Dos 27 agrotóxicos detectados em Botucatu, dois apresentam concentração acima do limite considerado seguro no Brasil na água de Botucatu: Clordano e Molinato. E outros 24 agrotóxicos foram detectados em quantidade acima do limite considerado seguro na União Europeia.

A Superintendência da Sabesp de Botucatu não deu entrevista sobre o assunto, mas emitiu uma nota afirmando que a qualidade da água é analisada de forma rígida e não foi diagnosticada presenças de agrotóxicos que prejudiquem a saúde. “A Sabesp esclarece que a água que fornece à população não está contaminada”, se posiciona a empresa concessionária de abastecimento. Ela esclarece que mais de 90 tipos de testes são realizados em mais de 90 mil análises mensais.

Segundo um mapa disponibilizado na reportagem dos sites Repórter Brasil e Agencia Pública, com dados retirados do Sisagua, que reúne dados de testes feitos pelas empresas de abastecimento, a análise dos dados de 1,3 mil municípios foram realizadas no período de 2014 a 2017.

Quais agentes químicos?

A reportagem mostra a quantidade de agrotóxicos encontrados nos testes e quantas vezes foram detectados nos exames em Botucatu. Foram citados pesticidas que causam doenças crônicas, como câncer e distúrbios endócrinos: Alaclor, Atrazina, Carbendazin, Clordano, Glifosato, Lindano, Mancozebe, Permetrina, DDT+DDD+DDE, Diuron e Trifluralina.

Também foram diagnosticados presenças de agrotóxicos como 2,4 D+2, 4,5T, Aldicarbe, Aldrin, Carbofurano, Clopirifós, Endossulfan, Endrin, Metamidofós, Metolacloro, Molinato, Parationa Metílica, Pendimentalina, Profenofós, Simazina, Tebuconazol e Terbufois.

A divulgação dos dados levou diversas instituições, como a Fundação Oswaldo Cruz, no Ceará, a afirmar que os dados são “alarmantes e representam sério risco para a saúde humana”.

Nota de esclarecimento

A Sabesp esclarece que a água que fornece à população não está “contaminada”. A qualidade da água fornecida pela Sabesp obedece aos parâmetros definidos pelo Ministério da Saúde (Anexo XX da Portaria de Consolidação 5/2017). A legislação também estabelece a frequência do monitoramento que deve ser realizado no controle de qualidade da água produzida e distribuída. Para isso, são realizados 90 tipos de testes e mais de 90 mil análises mensais que aferem turbidez, cor, cloro, coliformes totais, metais, agrotóxicos, dentre outros. Este trabalho é realizado em 16 laboratórios de controle sanitário. Os Relatórios de Qualidade da água são enviados mensalmente ao Ministério da Saúde e também são disponibilizados às Vigilâncias Sanitárias dos municípios operados. Os clientes podem conhecer os resultados na própria conta ou pelo site da companhia em www.sabesp.com.br. A Sabesp ainda conta com uma equipe de degustadores: especialistas formados por químicos, biólogos e técnicos responsáveis para análise de variáveis no sabor, aroma e densidade do líquido. Os resultados são encaminhados para as ETAs a fim de nortear o tratamento da água e eventuais ajustes preventivos ou corretivos.”

Clique aqui e pesquise o nível de contaminação em Botucatu e em outras cidades

Jornal Leia Notícias / Haroldo Amaral

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