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O ano de 2017 ficará marcado, de forma negativa, na vida de mais de 500 mulheres e crianças de Botucatu, vítimas de violência doméstica, pedofilia e estupros.
Neste ano, até o mês de setembro, foram registrados 494 inquéritos na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Se a média de ocorrências por mês for mantida, até o final do ano serão mais de 650 casos, número bem superior em relação a 2016.
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Nos 12 meses do ano passado foram registrados 517 inquéritos e 66 pessoas presas em flagrante, de acordo com números da Secretaria de Segurança Pública, baseados nos ajustes que os burocratas do Governo executam.
Militantes dos direitos das mulheres em Botucatu afirmam ser maior o volume de casos na Cidade de agressões contra mulheres, crianças e idosos, do que os registrados na DDM. A Secretaria de Segurança Pública não respondeu questionamentos encaminhados na semana passada sobre o aumento da violência contra a mulher.
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Recentemente em uma entrevista, Izabel Conti, do Conselho dos Direitos da Mulher, afirmou que muitas mulheres não registram ocorrências de violência por vergonha ou pressão da família. Por protocolo, muitas mulheres espancadas e feridas que procuram auxílio nas Unidades de Saúde são questionadas sobre a origem dos ferimentos, mas muitas, por razões econômicas, acabam escondendo as agressões dos companheiros.
GCM: CASOS TODOS OS DIAS
O subcomandante da Guarda Civil Municipal de Botucatu, Weber Pimentel, relatou que todos os dias os agentes da GCM são acionados para auxiliar mulheres em situação de risco. Ele conta que o trabalho vai desde orientação mediando conflitos, até encaminhamento para a Delegacia da Mulher. “A Guarda Municipal faz atendimento, praticamente todos os dias, de situações envolvendo violência doméstica. A grande maioria das vezes é feita a mediação de conflito ou é feita uma orientação à vítima de violência doméstica ou vítima em potencial”.
Há situações em que a mulher, mesmo agredida, não deseja fazer o Boletim de Ocorrência, mas existem momentos em que a mulher está decidida a por um ponto final no calvário de sofrimento. “Alguns casos são levados à Delegacia da Mulher, quando chega a decisão da vítima em representar contra o agressor. Dali em diante segue o processo pela Delegacia especializada. Praticamente toda semana fazemos flagrante de crimes de violência doméstica, seja por ameaça, lesão corporal ou agressão. Em alguns casos já registramos tentativas de homicídio. Infelizmente é muito comum encontrarmos essas situações de violência”, relatou.
ONDE DENUNCIAR?
Denúncias contra a violência doméstica, familiar ou contra a mulher, podem ser feitas na Delegacia da Mulher ou através do fone 180. A GCM atende no fone 199 e a PM através do 190.
Fonte: Jornal Leia Notícias