18 de março, 2025

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Botucatu: 2017 tem sido mais violento para as mulheres e as crianças

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O ano de 2017 fica­rá marcado, de for­ma negativa, na vida de mais de 500 mu­lheres e crianças de Botucatu, vítimas de violência domés­tica, pedofilia e es­tupros.

Neste ano, até o mês de setembro, foram registrados 494 inquéritos na Delegacia de De­fesa da Mulher (DDM). Se a média de ocorrências por mês for mantida, até o final do ano serão mais de 650 casos, número bem superior em relação a 2016.

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Nos 12 meses do ano passado foram registrados 517 in­quéritos e 66 pes­soas presas em fla­grante, de acordo com números da Se­cretaria de Seguran­ça Pública, basea­dos nos ajustes que os burocratas do Governo executam.

Militantes dos di­reitos das mulheres em Botucatu afir­mam ser maior o vo­lume de casos na Ci­dade de agressões contra mulheres, crianças e idosos, do que os registrados na DDM. A Secre­taria de Segurança Pública não respon­deu questionamen­tos encaminhados na semana passada sobre o aumento da violência contra a mulher.

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Recentemente em uma entrevista, Iza­bel Conti, do Con­selho dos Direitos da Mulher, afirmou que muitas mulhe­res não registram ocorrências de vio­lência por vergonha ou pressão da famí­lia. Por protocolo, muitas mulheres es­pancadas e feridas que procuram auxí­lio nas Unidades de Saúde são questio­nadas sobre a ori­gem dos ferimen­tos, mas muitas, por razões econômicas, acabam esconden­do as agressões dos companheiros.

GCM: CASOS TODOS OS DIAS

O subcomandante da Guarda Civil Mu­nicipal de Botucatu, Weber Pimentel, relatou que todos os dias os agentes da GCM são acionados para auxiliar mulhe­res em situação de risco. Ele conta que o trabalho vai desde orientação median­do conflitos, até encaminhamento para a Delegacia da Mulher. “A Guarda Municipal faz aten­dimento, pratica­mente todos os dias, de situações envol­vendo violência do­méstica. A grande maioria das vezes é feita a mediação de conflito ou é feita uma orientação à vítima de violência doméstica ou vítima em potencial”.

Há situações em que a mulher, mes­mo agredida, não deseja fazer o Bo­letim de Ocorrên­cia, mas existem momentos em que a mulher está deci­dida a por um ponto final no calvário de sofrimento. “Alguns casos são levados à Delegacia da Mu­lher, quando chega a decisão da víti­ma em representar contra o agressor. Dali em diante se­gue o processo pela Delegacia especiali­zada. Praticamente toda semana faze­mos flagrante de crimes de violência doméstica, seja por ameaça, lesão cor­poral ou agressão. Em alguns casos já registramos tenta­tivas de homicídio. Infelizmente é mui­to comum encon­trarmos essas situ­ações de violência”, relatou.

ONDE DENUNCIAR?

Denúncias contra a violência domésti­ca, familiar ou con­tra a mulher, podem ser feitas na De­legacia da Mulher ou através do fone 180. A GCM atende no fone 199 e a PM através do 190.

Fonte: Jornal Leia Notícias

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