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O morador de Botucatu que viralizou com seu trabalho criando rostos humanos de personagens com uso de inteligência artificial e softwares de edição de imagens fez uma homenagem aos fãs da dupla Claudinho e Buchecha na data que marca os 20 anos da morte de Cláudio Rodrigues de Mattos, o Claudinho, aos 26 anos. O cantor morreu no dia 13 de julho de 2002.
O artista Hidreley Leli Dião decidiu recriar o rosto do artista caso ainda estivesse vivo. O cantor morreu após o carro que dirigia derrapar e bater em uma árvore na Rodovia Presidente Dutra.
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Assim como fez no início de março, recriando os rostos dos músicos da banda Mamonas Assassinas no dia em que a morte deles completou 26 anos, Hidreley refez a fisionomia de Claudinho, que estaria com 46 anos agora.
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“Na hora de criá-lo, tentei seguir o envelhecimento do Buchecha. Ele só engordou um pouco, mas acredito que a essência seria a mesma”, contou Hidreley.
O artista ainda ressaltou que era um grande fã da dupla. “Eu e o país todo éramos muito fãs à época. Não tínhamos redes sociais, então ficávamos esperando os programas dominicais para poder vê-los. Era uma festa”.
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Tragédia em rodovia
A dupla, autora de “Só Love”, “Conquista” e “Quero te Encontrar”, vivia seu auge. Claudinho e Buchecha, mais a equipe, retornavam de uma apresentação do lançamento do álbum “Vamos Dançar”, que era o sexto da dupla, na cidade de Lorena (SP).
Claudinho tinha ido em seu carro, enquanto Buchecha preferiu viajar na van, junto com a equipe. O acidente foi na descida da Serra das Araras, perto da cidade de Seropédica (RJ).
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No momento da colisão, a van, na qual estava Buchecha, vinha logo atrás do carro. Eles seguiam em comboio, após pararem para comer um lanche.
Dez anos depois do acidente, a concessionária da rodovia, Nova Dutra, foi condenada a pagar uma indenização de R$ 13.460,39 pelos danos causados ao veículo e uma pensão mensal de R$ 2.051,23 para a viúva de Claudinho, Vanessa Alves Ferreira, até que ela complete 70 anos, além de uma multa de R$ 500 mil por danos morais.
O advogado da viúva alegou que a rodovia estava em condições muito ruins e que não tinha a segurança necessária. Segundo ele, não existia no local uma mureta de contenção, além de outras irregularidades, argumentos que foram acolhidos pela Justiça no momento de estipular a indenização.
Vida aos desenhos
Além da recriação de famosos que partiram cedo, como Ayrton Senna e Leandro, da dupla com Leonardo, Hidreley “dá vida” a personagens famosos de desenhos animados.
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Nestes casos, sobre o processo de criação, Hidreley comenta que tem “olhar artístico” para cada obra que se propõe a transformar. Para começar, ele procura rostos em banco de imagens que tenham traços semelhantes aos personagens que quer recriar.
Em seguida, após a escolha da imagem base, o personagem que ganhará vida é sobreposto no Photoshop. A partir disso, o artista monta o rosto real em, no máximo, 50 minutos.
Artista de Botucatu usa inteligência artificial para ‘dar vida’ a personagens
“Estica daqui, estica dali, procuro fontes de cabelo, e por aí vai. Muitas vezes achar uma foto no banco de imagens demora muito mais do que o próprio processo digital. Levo em torno de uma hora para encontrar um rosto e uns 50 minutos no máximo para recriar. No total, são umas duas horas para concluir”, finaliza.
Como exemplo, Hidreley mostra o processo para criar o rosto real do Bruno, personagem do filme “Encanto” da Disney e que foi um dos projetos mais pedidos pelos seguidores. O rosto base, do banco de imagens de domínio público iStock, é um homem com tom de pele claro e olhos claros.
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Para o artista, basta “sentir que irá funcionar” e que o personagem irá se adequar ali como ponto de partida para iniciar a criação.
O morador de Botucatu também é colaborador de uma revista digital há quase cinco anos. Por isso, a rotina dele é voltada para descobrir novas narrativas, mantendo hoje pouco mais de 50 mil seguidores nas redes sociais.
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“Fiz dois personagens, o Moe de ‘Os Simpsons’, e o Aladdin, e postei no meu Instagram. Até então, eu tinha oito mil seguidores, mas o pessoal gostou muito, foi comentando sugestões e eu acolhia e criava o que me pediam. Quando me dei conta, tinha umas 20 novas imagens e novos seguidores. Em duas semanas, muita plataforma grande me procurou para entrevistas e eu estava com mais de 50 mil seguidores”, comemora.
O que o artista mais lê nos comentários de postagens são afirmações como “isso é gente de verdade” ou “isso é fotografia”. Mas ele insiste em dizer que as produções são frutos de inteligência artificial, estudo e dedicação.
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