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Um policial militar de Bauru (SP) que atua no Corpo de Bombeiros há 15 anos teve que realizar uma função inesperada na manhã desta quinta-feira (24): o parto do próprio filho. A família não teve tempo de chegar ao hospital e o pequeno Iohan Negrão Vitale nasceu dentro do carro, nos braços do pai.
Saulo dos Santos Vitale, de 38 anos, contou que a esposa Priscila Colombo Negrão Vitale, 36, começou a sentir contrações de madrugada e os dois começaram a monitorar o ritmo delas. No entanto, as contrações começaram a aumentar rapidamente e Priscila entrou em trabalho de parto a caminho do hospital.
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“No que foi aumentando, bateu o desespero. Ela tomou um banho rápido, mas começou a aumentar e aí foi uma correria. Entramos no carro e ela já começou a gritar de dor”, lembra Saulo.
O bombeiro foi dirigindo até o hospital, mas no caminho, o bebê começou a coroar. Priscila chegou a pedir para o marido parar no acostamento e fazer o parto, mas faltavam poucos metros para chegar à unidade.
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“Como meu marido é bombeiro e eu já tinha passado por parto normal, não fiquei com medo. Falei ‘para o carro e faz o parto’”, conta Priscila. “Eu falei ‘não deixa sair não, segura esse bebê’”, brincou o pai.
Quando chegaram ao pronto-socorro, a cabeça do bebê já tinha saído e Saulo teve que terminar de tirar o corpinho dele depois que estacionou. Em seguida, enfermeiros começaram a chegar e ajudaram o casal.
“Quando a gente parou na portaria, tinha que esperar subir a cancela. Meu marido falou ‘tá coroando, tá coroando’ e o cara abriu rapidinho. Ainda tinha um carro na frente e buzinamos para ele sair da frente. Quando o homem viu o que estava acontecendo, arregalou o olho”, lembra Priscila.
Depois do parto, Priscila e Iohan foram levados de cadeira de rodas para o quarto. O pai ainda cortou o cordão umbilical do filho.
Segundo a mãe, Iohan decidiu nascer no tempo dele e deixou para trás a doula, o fotógrafo e até as unhas e cabelo que ela tinha programado fazer para o evento. “Teve todo um planejamento que não rolou”, brinca Priscila.
Saulo contou que nunca tinha feito um parto, mas já tinha acompanhado alguns durante sua profissão enquanto bombeiro. Para ele, participar do nascimento do filho foi emocionante.
“É uma sensação divina, um negócio inexplicável. É o meu terceiro filho, mas cada um parece que eu tive o primeiro filho de novo”, admite o pai.
Trabalho de parto
Além do Iohan, o casal tem mais dois filhos, de 5 e 7 anos. Como já tinha passado por outro parto normal, Priscila sabia o que esperar, mas diz que foi surpreendida com a maneira como a bolsa estourou.
Segundo a servidora pública, ela sentiu uma espécie de estalo na boca do estômago e teve apenas um pouco de corrimento, diferente da outra vez, quando sentiu a bolsa estourar e liberou bastante líquido.
“Eu tive o 2º filho normal e foi rápido também, mas não tanto. Eu queria que esse fosse normal de novo, só não contava com essas questões inusitadas como a ruptura alta de bolsa, estranhei a sensação”, conta Priscila.
Priscila já estava de 38 semanas, mas contou que sentia contração há meses. Por isso, não imaginou que estava em trabalho de parto até que as contrações começaram a evoluir bem rápido.
“Eu pensava que as contrações estavam só me enganando. Eu estava acompanhando pelo aplicativo, mas evoluiu muito rápido. Tivemos que ligar para o médico já dentro do carro. É bom que quem lê esses detalhes já pode ficar esperto da próxima vez”, aconselha Priscila.
Fonte: G1