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Os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump se encontraram na noite deste sábado (7). Os dois jantaram no resort de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida.
Antes do jantar, Trump e Bolsonaro apareceram brevemente. O presidente norte-americano disse que os dois líderes têm uma boa relação e afirmou que os Estados Unidos sempre vão “ajudar o Brasil”.
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Questionado se os EUA podem impor tarifas sobre produtos brasileiros, Trump afirmou que não faz promessas.
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Em nota, a Casa Branca informou que os dois presidentes discutirão oportunidades para restaurar a democracia na Venezuela, o processo de paz no Oriente Médio, políticas comerciais e investimentos em infraestrutura.
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Ainda existe a possibilidade de Trump e Bolsonaro aproveitarem o encontro para assinar acordos na área militar.
Bolsonaro chegou aos Estados Unidos por volta das 17h40. Ele fará uma visita de quatro dias ao estado da Flórida.
Aproximação
Bolsonaro faz a quarta viagem aos EUA – a primeira em 2020 – desde que assumiu a Presidência da República. Também será o quarto encontro com Trump.
Em março, Bolsonaro foi recebido pelo presidente norte-americano na Casa Branca. Os dois líderes tiveram outros encontros em junho, no Japão, e na Assembleia Geral da ONU, em setembro em Nova York.
Desde a campanha eleitoral, Bolsonaro defende o fortalecimento das relações com os EUA. Fã declarado de Trump, ele elogia o presidente norte-americano e defende sua reeleição neste ano.
Desde a posse de Bolsonaro,
- Brasil e EUA assinaram um acordo para o lançamento de satélites e foguetes na base de Alcântara (MA)
- Brasil liberou a entrada no país sem visto de turistas dos EUA
- EUA apoiaram a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
- Departamento de Comércio dos EUA anunciou a saída do Brasil da lista de países em desenvolvimento
- Trump anunciou sobretaxa ao aço e alumínio do Brasil, porém voltou atrás após pedido do governo brasileiro
Venezuela
Brasil e Estados Unidos estão entre os países que não reconhecem o governo de Nicolás Maduro na Venezuela. As duas nações apoiam o líder opositor Juan Guaidó.
Na última quinta-feira (5), o governo brasileiro determinou a remoção de diplomatas e funcionários que atuam embaixada em Caracas e nos consultados na capital e em Ciudad Guayana, além do vice-consulado, em Santa Elena do Uairén.
O Planalto espera que o governo Maduro adote o mesmo procedimento em relação aos diplomatas que atuam na embaixada do país em Brasília.
Agenda na Flórida
Além do encontro com Trump, a agenda de Bolsonaro reserva até terça-feira (10) compromissos com militares, empresários e brasileiros que residem na Flórida.
Segundo o porta-voz do Planalto, Otávio do Rêgo Barros, a viagem tem a intenção de “reforçar os vínculos” do Brasil com o estado norte-americano, onde vivem cerca de 400 mil brasileiros. Ainda de acordo com o Planalto, a primeira-dama Michelle Bolsonaro acompanha o presidente na viagem.
A comitiva terá os seguintes ministros:
- Ernesto Araújo (Relações Exteriores)
- Fernando Azevedo e Silva (Defesa)
- Bento Albuquerque (Minas e Energia)
- Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Comunicações)
- Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional)
Bolsonaro visitará no domingo (8) as instalações militares do Comando Sul (U.S. Southern Command). O comando responde por ações das Forças Armadas de planejamento, operações e cooperação de segurança na América Central, América do Sul e Caribe.
Já na segunda (9),o presidente participará do Seminário Empresarial Brasil-Estados Unidos e deverá se encontrar com a comunidade brasileira na Flórida em um auditório de Miami.
Antes de retornar a Brasília, Bolsonaro estará na terça (10) em uma conferência internacional Brasil-Estados Unidos e visitará uma fábrica da Embraer em Jacksonville.
Fonte: G1