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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira em entrevista à TV Record que a Petrobras não vai mexer no preço dos combustíveis no país após o ataque com drones a instalações petrolíferas da Arábia Saudita no último sábado.
– A tendência natural é seguir o preço internacional que vem da refinaria para a bomba, no final das contas. O governo federal já zerou os impostos da Cide e não podemos exigir nada de governadores no tocante ao ICMS. Conversei agora há pouco com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e, como é algo atípico, ele não deve mexer no preço do combustível – disse o presidente.
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Bolsonaro também mandou um recado aos caminhoneiros, mencionando o Cartão Caminhoneiro.
– Com esse cartão, lançado há poucos dias, o caminhoneiro pode chegar no posto e comprar X litros de óleo diesel, e por 30 dias esse preço estará garantido para ele.
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O presidente falou ainda sobre acordos de fornecimento de produtos para outros países, como carne para a China e Indonésia.
– Basicamente, isso é o restabelecimento da confiança no Brasil, na qualidade de nossos produtos, e também quanto ao nosso zelo em relação ao meio ambiente – afirmou. – A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem rodado o mundo, conseguindo boas parcerias e bons contratos comerciais.
Ele reconheceu que a tramitação da reforma da Previdência “está demorando um pouquinho”, mas que este mês “estará tudo resolvido, se Deus quiser”.
‘Guedes exonerou Cintra’
Sobre a demissão do secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, Bolsonaro declarou que foi o ministro Paulo Guedes que o exonerou, devido à discussão pública sobre a chamada “nova CPMF”.
– Cintra foi meu colega por três mandatos no Parlamento, tínhamos boa relação, e foi indicado por Paulo Guedes para a Receita – contou. – Tínhamos combinado que não se entraria em detalhes na reforma tributária até a apresentação final do projeto. Mas em duas oportunidades isso foi antecipado pela equipe dele, e na última vez falou-se na volta da CPMF, e eu decidi que não se deve tocar mais nesse assunto, porque é um imposto contaminado.
Depois dessa defesa da CPMF, disse o presidente a situação de Cintra ficou insustentável.
– Quem o exonerou foi o ministro Paulo Guedes – afirmou.
Segundo Bolsonaro sua única interferência na Receita agora é a seguinte: o presidente quer um quadro interno à frente do órgão.
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Para ele, a CPMF é um imposto marcado, e o governo “não vai insistir” nele.
O presidente mencionou ainda os saques emergenciais do FGTS de R$ 500, recém-liberados pela Caixa Econômica, cujo impacto, avalia, será rápido.
– O dinheiro está ali. Muita gente criticou o valor baixo, mas eu já fui militar, e considero R$ 500 um valor muito bem-vindo. Esse dinheiro entra de imediato na economia, é uma injeção na veia, e vai ajudar a movimentá-la, porque a economia não está ainda no nível em que nós esperávamos que estivesse.
Segundo ele, o governo está fazendo “o possível para movimentar a economia, desburocratizando, desregulamentando”.
– Há tantas normas hoje em dia que acabam jogando você para a informalidade. Por isso, estamos fazendo a nossa parte – disse Bolsonaro.
Fonte: G1