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O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira a produção de uma vacina nacional contra a Covid-19 porque, de acordo com ele, “não pode ficar comprando” imunizantes fabricados no exterior se é possível fabricá-los aqui. O Ministério da Ciência e Tecnologia apoia projetos de pesquisas de vacinas que estão sendo conduzidos no Brasil, mas ainda não há uma estimativa da conclusão dos estudos.
Bolsonaro disse que o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, “está quase acertando aí 300 milhões” para a produção da vacina, sem especificar de onde viria o dinheiro e a qual moeda estava se referindo.
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— Talento não falta no Brasil. Nós temos aqui gente que cada vez mais nos surpreende em todas as áreas. Um até o Marcos Pontes, que está quase acertando aí 300 milhões, é grana para burro, não temos orçamento, estamos acertando com uma outra área aí, não vai ser do BNDES, não, fica tranquilo, fazer a nossa vacina.
O presidente ressaltou que as vacinas atualmente utilizadas no Brasil — a CoronaVac e a da Universidad de Oxford e da AstraZeneca —tem prazo de validade de seis meses:
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— Quem diria, né, fazer a nossa vacina. Porque a vacina que está aí pessoal sabe que a data de validade está em torno de seis meses e não pode ficar comprando isso, gastando bastante se pode produzir aqui.
A declaração ocorreu durante cerimônia no Palácio do Planalto de planejamento dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs). O evento foi fechado para a imprensa, mas foi transmitido ao vivo por alguns dos presentes. Praticamente nenhum dos presentes utilizava máscara, incluindo Bolsonaro, demais autoridades e a maioria dos atletas convidados.
Na quinta-feira, durante transmissão ao vivo, o presidente comentou sobre a possibilidade de usar dinheiro recuperado em acordos de leninência para a produção da vacina.
— Porque, acredite, o Marcos Pontes tem uma equipe excepcional no seu ministério e ele gostaria de dar prosseguimento na feitura de uma vacina brasileira. Porque esse problema da Covid, pessoal, vai ficar a vida toda. Lamentamos aí o que acontece no Brasil, no mundo, mortes, mas vamos ter que aprender a conviver com isso aí. E nada melhor do que termos a nossa própria vacina para tal. Então o brasileiro é realmente muito criativo, ele trabalha, temos um ministério aqui excepcional, onde nós buscamos aí atender a todas as áreas da sociedade. Agora falta dinheiro — declarou.
Fonte: Extra