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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) parece ter começado a abrir a chamada “caixa-preta” de seus negócios. A medida faz parte de uma das promessas do presidente Jair Bolsonaro, que assumiu o cargo no início do mês, e é apoiada por suspeitas de utilização do banco como instrumento político e de corrupção.
O banco afirma que as informações já estavam disponíveis no site, mas estavam fragmentadas, separadas em diversas seções e categorias. Com o compilado, o objetivo é facilitar o acesso dos cidadãos aos dados.
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“A disponibilização da lista, com acesso a um grande número de detalhes de cada operação, é parte do esforço de transparência que o Banco tem feito e que deve ser a marca das suas ações sempre”, explica o banco em uma nota divulgada nesta sexta-feira.
BNDES
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O banco foi criado em 1952, durante o governo de Getúlio Vargas, e tem como objetivo ajudar a financiar o desenvolvimento da economia no país. Na prática, isso significa que ele oferece empréstimos de longo prazo e com taxas mais baixas a empresas e governos.
Em novembro de 2018, logo após o resultado das eleições, Bolsonaro declarou que uma de suas prioridades era abrir os sigilos do banco. “É o dinheiro do povo e nós temos que saber o que está sendo usado”, declarou. “Firmo o compromisso de iniciar o meu mandato determinado a abrir a caixa-preta do BNDES e revelar ao povo brasileiro o que foi feito com seu dinheiro nos últimos anos. Acredito que esse é um anseio de todos”, escreveu Bolsonaro, no Twitter”.
Suspeitas
No ano passado, o banco foi alvo de investigações da Polícia Federal, que acabou indiciando os ex-ministros Guido Mantega e Antônio Palocci, o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e Joesley Batista por suspeitas de operações ilícitas.
Confira na lista abaixo com os 50 maiores credores do banco de todos os tempos:
Beneficiários
A empresa que mais pegou empréstimos com o banco em sua história é a Petrobras. Ao todo, foram R$ 62,4 bilhões de reais. O segundo lugar fica com a Embraer, que obteve, a juros menores, R$ 43,3 bilhões, a Norte Energia, com R$ 25,3 bilhões, e a Vale, que obteve R$ 24,8 bilhões.
Entre os listados entre os maiores beneficiários também aparecem a Oderbrecht, empresa envolvida em uma série de investigações por corrupção, a JBS, também citada, e a Braskem, companhia do grupo da Oderbrecht. Os valores somam dezenas de bilhões de reais.
Fonte: Yahoo!