07 de setembro, 2024

Últimas:

Blinken alerta China sobre risco de novos incidentes e de ajudar Rússia

Anúncios

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, exortou neste sábado (18) a China a evitar incidentes como o que levou os Estados Unidos a derrubar um balão chinês e alertou sobre as “consequências” de ajudar a Rússia na guerra da Ucrânia.

Blinken fez essas advertências em reunião com o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, à margem da Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.

Anúncios

As relações entre as duas potências azedaram depois que o exército americano abateu, em 4 de fevereiro, um balão chinês que sobrevoava seu espaço aéreo.

Algo assim “não deve voltar a acontecer”, afirmou Blinken no encontro com Wang, de acordo com um porta-voz do Departamento de Estado.

Anúncios

“O secretário deixou claro que os Estados Unidos não tolerarão nenhuma violação de sua soberania”, acrescentou. Blinken foi “muito direto e franco”, continuou.

Wang, por sua vez, “urgiu os Estados Unidos a mudar de rumo e reconhecer e reparar os danos que seu uso excessivo da força causou nas relações entre a China e os Estados Unidos”, indicou a agência oficial chinesa Xinhua.

Os EUA alegam que o balão chinês era um aparato de espionagem, embora Pequim garanta que se tratava apenas de um dispositivo de pesquisa meteorológica que entrou por engano naquela área.

Horas antes, Wang havia denunciado a reação “histérica” dos Estados Unidos ao detectar o balão.

O incidente levou Blinken a adiar uma visita a Pequim.

Blinken alerta China sobre risco de novos incidentes e de ajudar Rússia (Foto: Reprodução)

Alertas sobre a Ucrânia

Blinken também alertou Wang sobre as “implicações e consequências” que fornecer “apoio material” à Rússia em sua guerra contra a Ucrânia teria.

Na Conferência de Segurança, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, acusou a Rússia de ter cometido “crimes contra a humanidade” na Ucrânia.

Segundo Harris, as forças russas realizaram um “ataque generalizado e sistemático” contra a população da ex-república soviética.

Harris citou casos de execuções sumárias, torturas e estupros por parte das forças russas na Ucrânia, bem como “a transferência de centenas de milhares de civis ucranianos” para a Rússia.

Esta é a primeira vez que Washington designa formalmente Moscou como responsável por esse tipo de crime desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro de 2022.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, saudou a posição dos EUA, mas reconheceu a dificuldade de coletar evidências suficientes para levar à justiça “indivíduos específicos” que cometeram “atrocidades”.

Fator Putin

O presidente francês, Emmanuel Macron, e o chefe de governo alemão, Olaf Scholz, também participaram da Conferência de Munique, e ambos pediram a intensificação do apoio à Ucrânia.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, pediu “dar à Ucrânia o que ela precisa para vencer e prevalecer como uma nação soberana e independente na Europa”.

“O maior risco de todos é que Putin vença. Se Putin vencer na Ucrânia, a mensagem para ele e outros líderes autoritários será que eles podem usar a força para conseguir o que quiserem”, declarou.

Os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, doaram bilhões de dólares em armas ao governo ucraniano, incluindo artilharia e sistemas de defesa aérea, mas o governo de Kiev diz que precisa de mais para que sua contraofensiva tenha sucesso.

No terreno, o exército russo reivindicou este sábado a captura de Grianykivka, uma pequena aldeia na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia.

Na véspera, o grupo paramilitar Wagner anunciou a conquista de uma cidade perto de Bakhmut, no leste da Ucrânia, palco de uma das mais longas e sangrentas batalhas do conflito.

Fonte: Yahoo!

Talvez te interesse

Últimas

Anúncios Operação desencadeada nesta sexta-feira (6) por policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Botucatu, e coordenada pela...

Categorias