22 de setembro, 2024

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Bispo que foi detido após fazer críticas a Daniel Ortega é solto na Nicarágua, diz jornal

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O bispo Rolando Álvarez, que foi preso após fazer críticas ao governo de Daniel Ortega, na Nicarágua, foi solto na segunda-feira (3), de acordo com a imprensa local.

Álvarez foi preso em agosto de 2022 e condenado a mais de 26 anos de prisão, em fevereiro deste ano, por acusações que incluíam traição, atentar contra a integridade nacional e espalhar notícias falsas.

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De acordo com o jornal “Confidencial”, Álvarez foi solto por ordem de Ortega e está sob proteção do Conselho Episcopal. A reportagem cita que existe uma negociação entre o governo e o Vaticano para que o bispo seja exilado.

O bispo Rolando Álvarez foi preso e condenado a 26 anos de prisão após criticar governo (Foto: Reprodução/BBC)

Crítico de Ortega, Álvarez foi perseguido pelo governo da Nicarágua após denunciar violações de direitos humanos. Ele se recusou a ser exilado para os Estados Unidos e acabou sendo preso.

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A Igreja Católica e Daniel Ortega protagonizam um conflito no país da América Central, que dura cinco anos. O presidente da Nicarágua acusa bispos de “golpismo” por apoiarem protestos da oposição feitos em 2018.

Em quatro anos, a Igreja Católica recebeu mais de 200 ataques na Nicarágua, o que chamou a atenção do mundo e causou preocupação no Vaticano.

Além de Álvarez, outro bispo crítico do governo se exilou do país em 2019 depois de receber várias ameaças de morte.

Em junho deste ano, o conflito entre a Igreja e Ortega foi tema de uma reunião entre o Papa Francisco e o presidente Lula.

À época, Lula disse a Francisco que pretendia conversar com Ortega para pedir a soltura de Álvarez. No entanto, não se sabe se a conversa de fato chegou a acontecer.

Daniel Ortega, presidente da Nicarágua (Foto: Reprodução/BBC)

O que acontece na Nicarágua

No poder desde 2007 e reeleito sucessivamente em pleitos questionados, Ortega enfrenta várias condenações de diferentes países por sua inclinação autoritária.

As últimas eleições, feitas em 2021, foram realizadas com sete candidatos da oposição presos. Organizações internacionais denunciaram haver fraude no pleito.

Neste ano, o governo de Daniel Ortega libertou 222 opositores da prisão, expulsou-os para os Estados Unidos e retirou-lhes sua nacionalidade.

Uma semana depois que os opositores deixaram a prisão, 94 dissidentes que estavam no exílio tiveram sua nacionalidade cassada. Entre eles estão os escritores Sergio Ramírez e Gioconda Belli.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) advertiu que a legislação da Nicarágua que permite a privação da cidadania viola o direito internacional.

Fonte: Agências

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