20 de setembro, 2024

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Bilhões de cigarras já emergiram do solo em temporada de acasalamento nos EUA; imagens

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Em algumas partes dos Estados Unidos, há um burburinho ensurdecedor no ar: bilhões de cigarras que emergiram à superfície depois de passarem até 17 anos no subsolo. Em 2024, o fenômeno veio em dose dupla, pois duas ninhadas diferentes vieram para a superfície ao mesmo tempo, uma ocorrência rara que não era vista há 221 anos.

Uma cigarra se agarra a uma árvore em Park Ridge, Illinois, onde duas ninhadas emergiram simultaneamente. (Foto: Um Só Planeta)

Sua missão nesta etapa da vida é acasalar – e para se encontrarem, emitem zumbidos que podem chegar a cem decibéis, ou “mais ou menos o nível de um motor a jato”, disse Tamra Reall, entomologista e especialista em horticultura da Universidade de Missouri, à NatGeo.

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Nos EUA, existem 15 “famílias”, ou ninhadas, reconhecidas oficialmente, que vão se alternando nas fases de acasalamento na superfície e vida embaixo da terra. Este ano é a primeira vez desde 1803 que a Ninhada XIII e a Ninhada XIX emergiram simultaneamente. No entanto, cada uma das ninhadas tem uma distribuição geográfica distinta, com poucas áreas de sobreposição entre elas. Um grupo está mais concentrado no Centro-Oeste e outro no Sudeste.

Cigarras de uma ninhada de 17 anos e exoesqueletos deixados para trás pelas ninfas ficam na base de uma árvore em 29 de maio de 2024 em Park Ridge, Illinois. (Foto: Um Só Planeta)

Ao contrário das cigarras anuais, que surgem todo verão, as cigarras periódicas só dão as caras a cada período de 13 a 17 anos. Os especialistas dizem que os insetos sabem quando chegou a hora contando os pulsos do fluido que corre pelas raízes das árvores, das quais elas se alimentam no subsolo, e depois esperam até que o solo atinja a temperatura certa – cerca de 18°C ​​- para emergir.

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As espécies periódicas não evoluíram para se defender de predadores como as suas irmãs, as cigarras anuais, que sabem fugir rapidamente de pássaros e toupeiras. Mas os seus horários sincronizados e a vida em grupo aumentam suas chances de sobrevivência.

No entanto, uma ameaça bastante indesejada aguarda as cigarras quando elas emergem do solo: um fungo parasita chamado Massospora, que as come “de dentro para fora”, toma conta dos seus corpos e as mantém vivas apenas tempo suficiente para espalhar a doença aos seus parceiros durante a reprodução.

Tampão de esporos amarelos em cigarra infectada com o parasita fúngico Massospora (Foto: Um Só Planeta)

Fonte: Um Só Planeta

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