quarta-feira, 25 maio, 2022
O protesto contra o fechamento do comércio bauruense pela fase vermelha do Plano São Paulo, realizado na manhã deste domingo (31), reuniu mais de mil veículos na avenida Nações Unidas, entre carros, motocicletas, caminhões e triciclos, segundo a organização. As frases escritas nas faixas e nos veículos reivindicavam a abertura definitiva do Hospital das Clínicas (HC) como hospital geral e a ampliação dos leitos hospitalares em Bauru. Os manifestantes também demonstraram apoio à prefeita Suéllen Rosim e às denúncias feitas pelo promotor de Saúde Pública de Bauru, Enilson Komono, e pediram a saída do governador do Estado de São Paulo, João Doria.
Em nota, o Estado informou que respeita o direito de manifestação política, garantida pela Constituição Federal, mas voltou a ressaltar que a região de Bauru possui, atualmente, a maior taxa de ocupação de leitos de UTI do Estado e que a Secretaria de Estado da Saúde investiu cerca de R$ 357 milhões somente na cidade em 2020 (leia a nota na íntegra abaixo).
O trio elétrico que puxou a carreata saiu às 10h da quadra 17 da via, onde estava marcada a concentração, seguiu para a rotatória da avenida Nações Norte e depois foi até a rotatória da Ceagesp. O encerramento ocorreu em frente ao Parque Vitória Régia, por volta das 11h30. Durante o trajeto, os manifestantes acabaram espaçados por conta dos semáforos da avenida.
Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Bauru e Região (Sincomércio), Walace Sampaio, um dos organizadores, ao menos mil veículos participaram do protesto deste domingo. “Isso demonstra que a cidade está unida, com um objetivo em comum. Nós queremos que o Estado faça sua parte de abrir mais leitos e oferecer atendimento hospitalar para todos que precisarem, mas que o município tenha autonomia para decidir quais as medidas de enfrentamento à pandemia que serão tomadas”, opina.
Quem compartilha desta opinião é o presidente da Associação Comercial e Industrial de Bauru (Acib), Reinaldo Cafeo, que também integrou a organização da carreata. “Nós prezamos pelo olhar local, para que não haja uma imposição pelo comitê de contingenciamento da Covid-19 que está lá em São Paulo apenas analisando números, e não entendem a realidade da cidade. Queremos que eles respeitem a gestão local e abram mais leitos hospitalares”, pondera.
Já o Paulo Martinello, representante do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCSP) em Bauru, vice-presidente da Acib e representante do Sindicato dos Contabilistas de Bauru (Sindcon), que também organizou a manifestação, afirma, ainda, que os comerciantes não querem mais que as lojas sejam fechadas como ocorreu no ano passado. “É um momento complicado e eles estão preocupados. É preciso que o Estado comece a fazer sua parte para evitar essa situação”, diz.
Segundo Reinaldo Cafeo, outras entidades bauruenses apoiaram o protesto deste domingo, como a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação dos Maçons de Bauru e Região (Assoma), Sindicato dos Empregados no Comércio de Bauru (Sincomerciários), Associação Paulista de Medicina (APM) e a Associação Paulista de Supermercados (Apas).
FASE VERMELHA
Bauru viveu uma semana tensa no regramento da quarentena. Tudo começou quando a cidade foi enquadrada pelo Estado na fase vermelha do Plano São Paulo, que permite apenas serviços essenciais. Contudo, a prefeita Suéllen Rosim publicou decreto adequando as atividades e liberando demais segmentos para abrir com restrições. Inclusive, o promotor Enilson Komono apoiou a decisão da prefeita. Nesta sexta-feira (29), nova reviravolta: uma decisão da Justiça fez a cidade voltar a cumprir as regras estaduais à risca, fechando novamente as atividades não essenciais.
Diante disso, a prefeitura publicou o decreto que respeita a liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para que o município cumpra integralmente a fase vermelha do Plano SP. Assim, desde então, apenas atividades essenciais podem funcionar na cidade, como farmácias, mercados, padarias, lojas de conveniência, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavanderias e hotelaria.
Por outro lado, se as regras forem seguidas à risca, demais comércios e serviços não essenciais, a exemplo de shoppings, bares e restaurantes, só poderão atender em esquema de retirada na porta, drive-thru e entregas por telefone ou aplicativos, até Bauru ser reclassificada no Plano SP ou a liminar do TJ-SP cair. De acordo com o que a reportagem apurou, a Prefeitura de Bauru possivelmente recorrerá da liminar.
Governo do Estado diz que respeita o direito de manifestação política e emite nota
Questionado sobre as reivindicações feitas durante a manifestação deste domingo (31), o Governo do Estado de São Paulo se posicionou. Leia abaixo, na íntegra, a nota enviada por meio da assessoria de imprensa a pedido da reportagem:
“O Governo do Estado de São Paulo respeita o direito de manifestação política, garantida pela Constituição Federal.
Quanto à pandemia de Covid-19 em Bauru, a região segue com a maior ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – portanto, com o maior risco em todo o Estado. O Governo de São Paulo lamenta a opção de subestimar a situação crítica da saúde pública por parte da prefeita Suéllen Rosim, ignorando especialistas e profissionais de área. Por sua vez, o Estado continuará zelando pela vida e pela saúde de todos com responsabilidade.
Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, diferentemente do que está sendo divulgado nos últimos dias pela prefeita e seus apoiadores, a Secretaria de Estado de Saúde investiu cerca de R$ 357 milhões em 2020 só em Bauru, para o Hospital Estadual, o de Base, a Maternidade Santa Isabel e o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Bauru.
Mesmo frente à não habilitação de mais da metade dos leitos do Estado pelo Governo Federal, o Estado de São Paulo vai continuar trabalhando para não deixar nenhum cidadão sem atendimento durante esta crise.
Utilizar do argumento de que são necessários mais leitos na cidade, o que tem sido premissa básica desde o início da pandemia pelo Governo do Estado de São Paulo, não é motivo para não seguir o que preconiza a Ciência e a Saúde. Tal postura pode elevar ainda mais o número de casos, de internações e óbitos em Bauru por coronavírus.”
JCNet
O crime registrado nesta terça-feira (24) em Taquarituba (SP) provocou grande comoção entre os moradores da cidade de...
Leia Notícias – O Jornal de Botucatu/ Grupo Leia Notícias Site/Jornal Impresso/Site
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |