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O italiano Cesare Battisti, que chegou ao aeroporto de Ciampino na manhã desta segunda-feira (14), foi levado nesta tarde para uma penitenciária na Sardenha. Na Itália, ele deverá cumprir a pena de prisão perpétua por quatro mortes cometidas na década de 70. Ele nega ter cometido os assassinatos e se diz vítima de perseguição política.
Segundo o jornal local “La Nuova Sardegna”, Battisti chegou escoltado à prisão de Massama, na cidade de Oristano, por volta das 14h20 (de Brasília). O traslado entre o aeroporto e o presídio ocorreu dentro de uma van acompanhada por viaturas policiais.
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Inicialmente, o governo italiano havia divulgado que Battisti iria para Rebibbia, uma prisão na periferia de Roma, onde estava prevista uma estadia temporária. Depois decidiu que ele seria levado a Oristano, que fica na Sardenha, onde, segundo o Ministério da Justiça, “a segurança é garantida da melhor maneira”.
Battisti, que foi preso em Santa Cruz de La Sierra (na Bolívia) no último sábado, foi entregue às autoridades italianas. Ele embarcou no domingo (13) para Itália em um voo sem escala no Brasil, diferente de como estava inicialmente previsto.
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“Agora eu sei que vou para a cadeia”, afirmou Battisti aos funcionários do serviço antiterrorismo que o receberam no aeroporto, segundo a imprensa italiana.
Antes do anúncio de que ele irá para a Sardenha, o jornal “La Repubblica” informou que ele ficaria seis meses em regime de isolamento diurno em uma ala destinada a terroristas.
Não está claro se isso será aplicado na prisão na Sardenha, onde estão detentos que têm que cumprir longas penas. A penitenciária é de alta segurança e possui poucos espaços de convivência.
O “La Repubblica” relatou que durante o voo à Itália Battisti não mostrou sinais de desespero, ficou quieto e dormiu por muito tempo.
O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, foi ao aeroporto para receber Battisti, a quem ele chama de “assassino comunista”. O ministro da Justiça, Alfonso Bonafede, também estava presente.
Fonte: Yahoo!