19 de novembro, 2024

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Bashar Al-Assad toma posse para quarto mandato na Síria após reeleição criticada

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O presidente sírio, Bashar al Assad, prestou juramento neste sábado (17) para um quarto mandato em uma cerimônia na capital Damasco, depois de obter 95,1% dos votos nas eleições de 26 de maio, criticadas pela oposição síria e por parte da comunidade internacional.

Assad, que está no poder desde 2000, jurou sobre a Constituição e o Corão na presença de 600 convidados, entre eles ministros, empresários, acadêmicos e jornalistas, segundo os organizadores.

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A cerimônia coincidiu com os bombardeios que o governo promove na região de Idlib, no noroeste da Síria, que provocaram a morte de seis civis, três deles menores de idade, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

As eleições presidenciais “mostraram a força da legitimidade popular dada ao Estado pelo povo e tiraram credibilidade das declarações dos líderes ocidentais sobre a legitimidade do Estado, da Constituição e da pátria”, declarou Assad, em seu discurso de posse.

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O pleito foi marcado por boicotes e visto por opositores como ilegítimo. Havia apenas dois outros candidatos, que juntos não conseguiram nem 5% dos votos. França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Estados Unidos condenaram em maio as eleições, classificando-as como “nem livres nem justas”.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

A vitória de Assad é a segunda desde o início da guerra, que explodiu em 2011, após a repressão das manifestações pró-democracia. O conflito, no qual se envolveram também interesses estrangeiros, já deixou mais de 500.000 mortos e provocou o exílio forçado de milhões de pessoas.

“Liberar o território”

Assad quer se apresentar como o homem da reconstrução, depois de acumular vitórias militares desde 2015 com o apoio de seus aliados, Rússia e Irã, pelas quais conseguiu tomar novamente o controle de dois terços do território.

“Durante mais de 10 anos de guerra, nossas preocupações foram muitas e a segurança e o medo dominavam tudo. Mas hoje se trata principalmente de libertar o restante do território e enfrentar as repercussões econômicas da guerra”, disse ele em seu discurso.

Uma parte da região de Idlib, dominada por grupos rebeldes, escapa ao controle do governo de Assad, assim como áreas sob o domínio curdo no norte e nordeste do país.

Pouco antes do discurso, o governo lançou dois mísseis sobre o povo de Sarja, no sul de Idlib, causando a morte de seis civis e vários feridos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

A trégua imposta por Rússia e Turquia em Idlib e a presença dos EUA em áreas curdas e turcas do norte da Síria impediram até agora a opção militar por parte do governo de Assad.

Fonte: Yahoo!

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