26 de novembro, 2024

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Barreiras contra o degelo na Antártica desaparecem em ritmo preocupante, alertam cientistas

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Em um novo estudo, cientistas descobriram que o ritmo de redução das âncoras de gelo da Antártica mais do que duplicou nos últimos 50 anos. Essas formações, conhecidas como pontos de fixação, são essenciais para a estabilização das plataformas de gelo flutuantes, agindo como barreiras protetoras para o gelo terrestre da Antártida, impedindo que ele deslize para o oceano.

Segundo os especialistas, mais de um terço destes pontos diminuíram de tamanho desde o ano 2000. Uma maior deterioração das barreiras, que mantêm no lugar as camadas de gelo flutuantes, aceleraria a contribuição do continente para a subida do nível do mar. Mantos de gelo flutuantes circundam 75% da costa da Antártica e cobrem uma área equivalente ao tamanho da Groenlândia.

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Os pontos de fixação se formam quando parte de uma camada de gelo flutuante se ancora a uma elevação no fundo do oceano, criando uma protuberância visível na superfície lisa da plataforma de gelo. A análise investigou mudanças nos pontos de fixação em três períodos distintos – 1973 a 1989, 1990 a 2000 e 2000 a 2022.

Antártica: segundo os especialistas, mais de um terço dos pontos de fixação diminuíram de tamanho desde o ano 2000. (Foto: Um Só Planeta)

Inicialmente, entre 1973 e 1989, apenas 15% dos pontos de fixação apresentaram redução de tamanho, taxa que aumentou para 25% no período de 1990 a 2000, e ainda para 37% de 2000 a 2022. Esta progressão evidencia uma aceleração acentuada na deterioração destas formações de gelo cruciais.

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Pesquisadores da Universidade de Edimburgo usaram imagens de satélite do arquivo de cinquenta anos do programa Landsat da NASA / United States Geological Survey (USGS) para rastrear variações nas aparências que fixam pontos na superfície do gelo. O artigo, publicado na Nature , foi financiado pelo Leverhulme Trust.

“A mudança nos últimos 50 anos — de um derretimento relativamente limitado e concentrado regionalmente para uma desancoragem muito mais generalizada – é impressionante, segundo os cientistas. A preocupação constante é saber quantos desses pontos de fixação de vital importância começarão a desaparecer nos próximos 50 anos”, disse o autor principal do estudo, Dr. Bertie Miles, da Escola de Geociência da Universidade de Edinburgh.

Os pesquisadores destacam a necessidade urgente de uma ação global para reduzir as emissões de carbono e mitigar os efeitos adversos das mudanças climáticas afim de preservar a estabilidade das plataformas de gelo da Antártica.

Fonte: Um Só Planeta

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