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Apertem os cintos, porque, literalmente, o piloto pode sumir. Ao contrário do filme de 1980 estrelado por Leslie Nielsen, em que um boneco inflável assume o controle do avião depois do desmaio do comandante de verdade, agora, a empresa norte-americana Merlin Labs (uma companhia financiada pelo Google) desenvolve uma frota com 55 aeronaves capazes de voar sem a presença de um piloto a bordo.
Os modelos King Air estão em fase de testes e ainda precisam de uma certificação do Federal Aviation Administration (FAA) dos EUA, que funciona como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aqui no Brasil, para começar a operar comercialmente.
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“A autonomia está devorando o mundo. É uma oportunidade de automatizar o espaço aéreo, de poder reunir as pessoas, de criar uma infraestrutura digital que conecte o mundo inteiro”, diz o fundador da empresa, Matt George.
Autonomia
A Merlin Labs já realizou centenas de testes autônomos que vão desde a decolagem até o pouso, utilizando um sistema desenvolvido em parceria com a empresa Dynamic Aviation. Embora exista um piloto humano no solo para monitorar a aeronave e assumir o controle caso ocorra algum problema, os aviões podem operar por conta própria durante todo o trajeto.
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A empresa também quer implantar um sistema que permita que os controladores de tráfego aéreo falem diretamente com as aeronaves autônomas. Um programa fará o processamento da linguagem natural para que o avião “entenda” as palavras do controlador e possa traduzi-las em ações de voo.
“Acreditamos firmemente que os controladores de tráfego aéreo precisam ser capazes de interagir com a aeronave da mesma forma que fariam com qualquer outro avião. Não deve haver nenhuma interface especial. Eles devem ser capazes de responder e fazer com que a aeronave execute essas ações”, completa Matt George.
Novos tempos
Mesmo com a aprovação de uso comercial, os aviões autônomos não devem ser usados, pelo menos por enquanto, no transporte de passageiros. A ideia da Merlin Labs é oferecer soluções logísticas para empresas especializadas em entregas comerciais ou translado de cargas, como a FedEx e a UPS.
Ainda não há uma previsão de quando as 55 aeronaves começarão a operar no espaço aéreo norte-americano. Segundo os executivos da empresa, depois que o processo for aprovado, os kits de autonomia poderão ser adaptados para qualquer tipo de avião compatível com tecnologias mais recentes de aviação.
Fonte: Yahoo!