19 de novembro, 2024

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Avião-cisterna russo cai na Turquia e mata os oito tripulantes

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Um avião russo – que estava sendo usado no combate a incêndios – caiu neste sábado (14) no sul da Turquia com oito pessoas a bordo, que não sobreviveram, informaram agências de notícias e autoridades de ambos os países.

“Fomos informados de que um avião-cisterna russo que havia decolado (da cidade turca de) Adana para participar do combate aos incêndios em Kahramanmarash sofreu um acidente”, declarou o ministério da Defesa turco em um comunicado.

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A tripulação do avião era composta por cinco russos e três turcos, anunciaram Moscou e Ancara.

Este acidente representa uma nova tragédia para a Turquia, país atingido no mês passado por incêndios mortais no sul e depois, esta semana, por inundações que mataram mais de 50 pessoas no norte, de acordo com um novo balanço provisório publicado neste sábado.

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Um avião turco de vigilância aérea e um helicóptero foram enviados ao local do acidente.

Os canais de televisão turcos transmitiram imagens mostrando uma coluna de fumaça subindo de uma área montanhosa.

De acordo com a agência de notícias oficial Anadolu, um grande número de socorristas foi enviado ao local da tragédia.

O avião, um Beriev-200, havia sido alugado da Rússia pela Direção Geral de Florestas da Turquia, que o estava usando para combater os incêndios que varreram o sul do país nas últimas semanas.

O avião caiu por razões desconhecidas quando tinha acabado de ejetar sua carga de água para apagar um incêndio declarado na região de Kahramanmarash, segundo informou a emissora pública turca TRT.

“Enviamos este avião para apagar o incêndio. Primeiro perdemos o contato com ele, depois ele caiu”, declarou o governador da província de Kahramanmaras, Omer Faruk Coskun, citado pela mídia turca.

Nas últimas semanas, a Turquia tem tido que lidar com vários desastres naturais: incêndios no sul e inundações repentinas no norte.

Oito pessoas perderam a vida nos incêndios, que devastaram a costa sul do país do final de julho ao início de agosto.

Esta semana, as autoridades anunciaram que a maioria dos focos estava sob controle, mas nos últimos dias outras frentes foram relatadas em Kahramanmarash e em Çanakkale (oeste).

O governo turco se viu forçado a alugar vários aviões de combate a incêndio de Israel e Rússia. A Espanha também enviou um hidroavião para ajudar.

Além dos incêndios, a Turquia foi devastada por enchentes sem precedentes em décadas – desencadeadas por chuvas torrenciais na quarta-feira – e que deixaram pelo menos 51 mortos.

Neste sábado, as equipes de resgate corriam contra o tempo para encontrar sobreviventes nos escombros de dezenas de casas que desabaram devido às enchentes que afetaram áreas ao longo do Mar Negro.

O vilarejo de Babaçay, na província de Sinop, foi completamente arrasado e ilustra a violência da tragédia: 40 casas e as duas pontes de acesso a esta localidade foram destruídas pela força da água.

O assombro inicial tem dado lugar a questionamentos e críticas. Os sobreviventes acusaram as autoridades locais de não dar o alerta com a rapidez necessária e os comentaristas apontaram para o risco representado pela construção de vários edifícios em áreas propensas a inundações.

Para muitos especialistas, desastres naturais como os da Turquia tendem a se tornar mais frequentes e violentos devido ao aquecimento global causado pela atividade humana.

Vários políticos e associações aumentaram a pressão sobre o presidente Erdogan para que tome medidas radicais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

A Turquia é um dos poucos países que não adotou o acordo climático de Paris de 2015.

Fonte: Yahoo!

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