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O chefe da Força de Defesa da Austrália anunciou nesta quinta-feira (19) (horário local) que soldados cometeram 39 execuções ilegais no Afeganistão entre 2005 e 2016. Todas as vítimas desses assassinatos eram civis, admitiram as autoridades.
Segundo o general Angus John Campbell, um relatório mostrou provas de que 25 militares australianos participaram dessas execuções. Entre as vítimas, estão prisioneiros, fazendeiros e outros civis. Nenhuma dessas mortes ocorreu em meio a uma batalha, e nenhum desses 39 afegãos mortos era combatente.
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O anúncio foi feito quatro anos depois da abertura de um inquérito para apurar a conduta dos militares australianos no Afeganistão. A denúncia será oferecida à Justiça, que poderá condenar os soldados por crime de guerra.
As denúncias recaem principalmente sobre o ex-militar Benjamin Robert-Smiths, denunciado por colegas por tratamento desleal a prisioneiros de guerra e participação em execuções ilegais.
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O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, telefonou para o presidente afegão, Ashraf Ghani, para pedir desculpas pelos assassinatos e prometer que a Austrália vai investigar os casos.
Segundo o jornal britânico “The Guardian”, o juiz militar Paul Brereton — que comandou as investigações — descreveu os assassinatos como “vergonhoso e uma traição profunda” por parte dos militares australianos.