28 março, 2024

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Aumenta o número de inadimplentes pela primeira vez no Brasil

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Pesquisa do SPC Brasil mostra que aumentou o número de pessoas que entraram para lista de inadimplentes pela primeira vez. No ano passado, os novatos eram menos da metade (48,2%). Hoje, eles representam 71,4%.

Em uma consulta ao SPC, a desempregada Milena de Oliveira Mota, viu que estava inadimplente pela primeira vez: “A gente já não tem muito, aí o nome ainda sujar é horrível”.

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Milena conta que o descontrole começou depois que perdeu o emprego no ano passado. Já são R$ 10 mil de dívidas: “Hoje eu pago um apartamento, então para não ficar em dívida com meu apartamento, fui empurrando as dívidas de cartão”.

De acordo com a pesquisa do SPC, quase metade dos inadimplentes quer fazer acordo para pagar o que deve. “Procurar as financeiras e operadoras de cartão de crédito e negociar essa dívida da melhor forma possível. Mas antes de negociar, é melhor fazer um planejamento prévio, porque não adianta negociar e não conseguir honrar”, orienta a economista Ana Paula Bastos.

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Até quem tem a confiança como garantia está sentindo. Em um sacolão de Belo Horizonte, um terço das vendas vai para o caderno e o cliente paga depois. Só que de um ano pra cá, tem muita gente com dificuldade de acertar no fim do mês. Com isso, a inadimplência que era de 5%, agora passou para 30%.

Anotar as compras sempre foi um costume no comércio de Daniel da Mata. Os fregueses são conhecidos, moram perto, mas até aqueles que eram bons pagadores entraram para o vermelho: “Tem gente que realmente não acredita, que já está com a gente há muito tempo. Às vezes, é quase da família, tem aquela confiança de todo mês pagar rigorosamente e hoje não tem dado conta de pagar as contas. Eles conversam, justificam, mas não conseguem pagar. É muita conta atrasada. Na pendura são cerca de R$ 100 mil sem receber. Aí não teve jeito. Na folha de cliente devedor já tem um recadinho. Tô tentando negociar. Tem gente que vem, dá um pouquinho, outro mês dá um pouquinho, tem pago, amortizado, mas eu cortei o crédito”.

Fonte: G1

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