Atum é vendido por R$ 7,9 milhões no primeiro leilão de 2025 do Mercado Toyosu, no Japão

Um atum rabilho do Pacífico foi arrematado por impressionantes US$ 1,3 milhão (aproximadamente R$ 7,9 milhões) no tradicional leilão de atum de ano novo do Mercado Toyosu, em Tóquio, no Japão. A venda, que ocorreu no último domingo (5), marcou o segundo maior preço já pago por um peixe no local – o recorde foi de US$ 3,1 milhões (R$ 18,9 milhões), em 2019.

Pesando cerca de 275 quilos e quase do tamanho de uma motocicleta ou de um urso pardo macho adulto, o atum foi comprado pelo Onodera Group, uma rede de restaurantes de sushi japonesa com estrela Michelin, em parceria com o atacadista de frutos do mar Yamayuki.

A empresa declarou em comunicado que o peixe será oferecido em 13 de suas unidades, incluindo Sushi Ginza Onodera Main Store e Kaiten Sushi Ginza Onodera Main Store.

“O primeiro atum [do ano] é algo que visa trazer boa sorte”, disse Shinji Nagao, presidente do grupo de restaurantes, aos repórteres após o leilão, segundo a Agence France-Presse (AFP). “Nosso desejo é que as pessoas comam isso e tenham um ano maravilhoso.”

Não é história de pescador

Um pescador de 73 anos chamado Masahiro Takeuchi foi o responsável pela pesca do enorme peixe. Ele o capturou na manhã do último sábado (7), perto da cidade de Oma, no norte do Japão.

“Estava tão gordo quanto uma vaca”, comparou Takeuchi ao Kyodo News. “É como um sonho. Estou sempre preocupado sobre quantos anos mais posso fazer esse trabalho, mas estou incrivelmente feliz.”

Reportagem do Washington Post destaca que o atum Oma, também conhecido como “diamante negro” é altamente valorizado pelos donos de restaurantes de sushi. Isso se deve à sua dieta de lula e peixe sauro combinada com seu habitat de água mais fria, o que lhe confere um equilíbrio único de gordura e, portanto, o torna um ingrediente favorito para o preparo de sashimi.

Porém, devido ao seu sabor inigualável, a espécie foi alvo de pesca excessiva por décadas. Mas iniciativas internacionais de conservação e a implementação de limites rigorosos para a captura têm contribuído significativamente para sua recuperação nos últimos anos.

Em 2022, último ano com dados disponíveis, a International Seafood Sustainability Foundation revelou que o atum-rabilho do Pacífico foi recuperado para quase 25% de seus níveis originais, superando a meta de 20% estabelecida pelos reguladores para 2034.

Fonte: Um Só Planeta