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Todos os atletas do Afeganistão que disputaram os Jogos de Tóquio, entre julho e agosto deste ano, conseguiram deixar o país. Ao menos, foi o que garantiu o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach. Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira, o alemão reforçou o empenho da entidade para que os competidores fossem mantidos em segurança e em plenas condições para seguir no esporte após as competições.
– Graças ao apoio da comunidade olímpica, que deu uma verdadeira mostra de solidariedade. Além disso, um número significativo de membros da comunidade olímpica recebeu vistos humanitários e pode abandonar o país – relatou.
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Ao todo, cinco atletas afegãos disputaram as Olimpíadas e dois as Paralimpíadas. Segundo o presidente do COI, todos receberão apoio da entidade internacional para que sigam se dedicando ao esporte. Uma delas é a velocista Kamia Yousufi. Porta-bandeira do Afeganistão nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, e de Tóquio, este ano, ela conseguiu retornar para o Irã, onde reside atualmente.
Apesar da boa notícia, o esporte afegão segue em clima de apreensão. Depois que a capital, Cabul, foi tomada pelo grupo fundamentalista armado Talibã, voos comerciais foram fechados, impedindo o embarque para as Paralimpíadas, encerradas na última semana. Além disso, o jogador Zaki Anwari, de 19 anos, que havia defendido as seleções de futebol de base do país, morreu depois de tentar se agarrar a um avião militar norte-americano na decolagem na tentativa de fugir.
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Apesar da mudança de poder no país, o Comitê Olímpico do Afeganistão segue sendo reconhecido internacionalmente, levando em consideração os dirigentes “que foram eleitos democraticamente”, conforme ponderou Bach. O presidente do COI ainda antecipou que dois atletas que se preparam para os Jogos Olímpicos de Inverno estão treinando fora das imediações do território afegão. A competição acontece em fevereiro do próximo ano, em Pequim, na China.
Segundo Bach, tanto aqueles que permanecerem no Afeganistão, ou quem desejar deixar o país, receberão apoio da entidade máxima do esporte olímpico. “Em particular, as mulheres e as crianças, mas, no geral, todos os que estiverem em risco devido a situação política”, detalhou.
Fonte: G1