16 de novembro, 2024

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Atlas da Violência: Botucatu fica abaixo da média estadual de mortes violentas

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Botucatu está abaixo da média estadual na taxa de homicídios, aponta a nova edição do Atlas da Violência, produzido pelo Instituto de Pesqui­sa Econômica e Aplicada (Ipea), entidade vincu­lada ao Ministério da Economia, e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, lançado no início de agosto e que contem­pla um panorama sobre a mortalidade por causas violentas no ano de 2017.

O estudo abrangeu 310 municípios com po­pulação acima de 100 mil habitantes, de todas as regiões brasileiras, in­cluindo capitais, a fim de promover um recorte re­gionalizado da violência no país. Na metodologia estavam critérios como análise em registros nos sistemas das Secretarias de Segurança Pública. Os números de óbitos são contabilizados a partir da Classificação Internacio­nal de Doenças (CID-10) como eventos que envol­vem agressões e óbitos.

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Das vinte cidades com mais casos de assassina­tos no país, dezoito estão na regiões Norte e Nor­deste, enquanto que São Paulo tem catorze dos vinte municípios menos violentos. Com isso, a média paulista é de 14,3 homicídios para 100 mil habitantes.

Com população estima­da superior a 140 mil ha­bitantes, Botucatu teve, em 2017, nove homicí­dios registrados e sete ocultos, sendo óbitos classificados como “cau­sa indeterminada”. Isso proporcionou taxa esti­mada de 11,2 homicídios registrada pelo Atlas da Violência.

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O desempenho coloca Botucatu em 34º lugar no Estado, com dados melhores em segurança pública à frente de muni­cípios como Bauru (com média de 11,7 com 42 homicídios registrados), Piracicaba (média de 11,3 com 31 homicídios), Ita­petininga (média de 15,9 com 15 homicídios). No entanto, fica atrás de Jaú, considerada a cidade me­nos violenta do País, que teve taxa de 2,7 com 4 homicídios; Marília (taxa de 11 homicídios por 100 mil habitantes), Santos (7,8), entre outros.

Segundo a base de da­dos da Secretaria de Se­gurança Pública (SSP), Botucatu teve em 2017 cinco homicídios dolosos – quando há a intenção -, 1.129 furtos, 60 roubos e 35 furtos e roubos de ve­ículos. Foram 413 prisões efetuadas, 209 ocorrên­cias de tráfico de entor­pecentes e 30 apreen­sões de armas de fogo no município neste período.

Pela análise do Ipea e Fórum Brasileiro de Se­gurança Pública, os nú­meros permitem identi­ficar que as cidades mais violentas e menos violen­tas apresentam também grande diferença entre os índices de desenvolvi­mento humano.

Nas cidades menos violentas, os indicadores de desenvolvimento hu­mano são mais parecidos com os países desenvol­vidos.

Ainda conforme o es­tudo, as diminuições consistentes dos índices de homicídios em vá­rios estados sugerem a favor da efetividade da combinação de efeitos gerais – mudança no regi­me demográfico e ações como investimentos em segurança pública, além da mudança em legisla­ção, como a implantação do Estatuto do Desar­mamento. “Existem di­ferenças abissais entre as condições de desen­volvimento humano nos municípios mais e menos violentos, o que ilustra e reforça o achado de inú­meros estudos que mos­tram a importância de investir em nossas crian­ças hoje para que elas não sejam os criminosos de amanhã”, salienta Daniel Cerqueira, coordenador geral do Estudo.

Jornal Leia Notícias por Flávio Fogueral

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