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A organização não governamental Just Stop Oil publicou um vídeo nas redes sociais nesta segunda-feira (13) em que mostra ativistas pichando o túmulo do cientista Charles Darwin, localizado em Londres.
Eles escreveram no túmulo: “1.5 is dead”, que, segundo a publicação, é em referência a 2024 ter sido o primeiro ano da história a ultrapassar marca de 1,5°C de aquecimento.
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O 1,5°C é o limite estabelecido pelo Acordo de Paris e pela ciência como crítico. O índice é um alerta para a emergência climática. Apesar disso, não significa que tenhamos ultrapassado o limite do acordo, que cita o aumento na temperatura média ao longo de 20 anos. No entanto, coloca o mundo sob um calor nunca antes experimentado.
Em 2024, todos os continentes registraram uma nova temperatura recorde. O dia mais quente do ano passado foi 22 de julho — quando a temperatura média global atingiu a média de 17,16°C.
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O Just Stop Oil é conhecido por jogar tinta laranja em diversos locais, como no jogo de tênis do torneio de Wimbledon, em 5 de julho de 2023, ou atacar com martelo um quadro da National Gallery, em novembro do mesmo ano.
Enterrado ao lado de outros cientistas
O cientista, que ficou conhecido por estudar a evolução, nasceu em 12 de fevereiro de 1809 e morreu em 19 de abril de 1882. Ele está enterrado em setor dedicado aos cientistas na Abadia de Westminster, onde Isaac Newton e Stephen Hawking também estão sepultados.
Após picharem o túmulo, uma das ativistas afirmou que “esse é o túmulo de Darwin, e ele estaria tremendo na cova se ele soubesse que caminhamos para a sexta extinção em massa. Os planos dos governadores deverão levar a 3 graus de aquecimento. Isso destruirá tudo o que amamos.
Ela então pediu ainda que todos os líderes do mundo parem de queimar petróleo e carvão até 2030.
A Polícia Metropolitana de Londres disse que duas mulheres foram presas sob suspeita de causar danos criminais na Abadia de Westminster e levadas para uma delegacia de polícia.
“Os funcionários do local estão tomando medidas imediatas para limpar o memorial”, disse uma porta-voz da Abadia, que seguiu aberta para a visitação, mesmo após a pichação.
Fonte: G1