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Intensos ataques aéreos da Rússia atingiram a cidade sitiada de Mariupol, na Ucrânia, e houve conflitos nas ruas nesta terça-feira (22), um dia depois de ela rejeitar a exigência de rendição feita por Moscou, disseram autoridades ucranianas.
A Câmara Municipal disse que os bombardeios estavam transformando Mariupol em “cinzas de uma terra morta”.
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A agência de notícias russa RIA disse que as forças da Rússia e unidades de separatistas apoiados por russos haviam tomado cerca de metade da cidade, citando um líder separatista.
O governador da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, disse que havia conflitos nas ruas e que civis e soldados ucranianos estavam sendo alvo dos ataques russos.
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No 27º dia da guerra na Ucrânia, o calvário dos civis em Mariupol, normalmente casa de 400.000 pessoas, ficou ainda mais desesperador. Acredita-se que centenas de milhares estão presos dentro de prédios, sem acesso a comida, água, eletricidade ou aquecimento.
“Não há nada mais lá”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, em um discurso por vídeo ao Parlamento italiano.
Mariupol se tornou o foco da guerra que começou em 24 de fevereiro, quando o presidente russo, Vladimir Putin, enviou suas tropas através da fronteira no que ele chamou de “operação militar especial” para desmilitarizar a Ucrânia e substituir sua liderança pró-Ocidente.
A cidade fica no Mar de Azov e a sua tomada permitiria à Rússia ligar áreas no leste sob o controle de separatistas pró-russos com a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.
Sem ter conseguido tomar a capital Kiev ou qualquer outra grande cidade com uma rápida ofensiva, as forças da Rússia estão travando uma guerra de atrito que reduziu algumas regiões urbanas a escombros e custou a vida de muitos civis.
O escritório de direitos humanos da ONU em Genebra disse nesta terça que registrou 953 mortes de civis e 1.557 feridos desde o começo da invasão. O Kremlin nega que esteja tentando atingir civis.
Autoridades ocidentais afirmaram nesta terça que as forças da Rússia estavam empacadas nos arredores de Kiev, mas progredindo no sul e no leste. Soldados ucranianos estão rechaçando os russos em alguns lugares, mas não conseguem fazê-los recuar, disseram.
No entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que “ninguém” pensou que a operação na Ucrânia demoraria apenas alguns dias e a campanha estava andando de acordo com o planejado.
Fonte: Agência Brasil