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Um ataque a um templo sikh em Cabul, capital do Afeganistão, neste sábado (18) matou pelo menos duas pessoas e feriu sete, informaram as autoridades locais.
Por volta das 6h30 no horário do país (00h em Brasília), homens armados entraram no templo e atacaram “um guarda” com uma granada, relatou o porta-voz do Ministério do Interior, Abdul Nafi Takor, em um comunicado.
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“Dois dos atacantes morreram durante a intervenção”, completou o representante.
Alguns minutos depois do atentado, um carro-bomba explodiu perto do templo, sem fazer novas vítimas, afirmou Abdul Nafi Takor.
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“Ouvi tiros e explosões vindos do ‘gurdwara’ (templo sikh)”, disse à agência de notícias AFP o líder da comunidade religiosa.
“Normalmente, a esta hora da manhã, temos vários devotos sikhs que vêm ao templo para rezar”, contou. Na sequência do ataque, um incêndio foi registrado.
De acordo com a agência Reuters, não houve uma reivindicação imediata pela responsabilidade do ataque.
No Afeganistão, um país quase inteiramente muçulmano, vivem cerca de 200 sikhs, contra meio milhão na década de 1970.
O sikhismo, ou siquismo, é uma religião monoteísta fundada em fins do século XV no Punjab (região dividida entre o Paquistão e a Índia) pelo Guru Nanak (1469-1539).
Vítimas de ataques
Nos últimos anos, a comunidade sikh afegã tem sido alvo de vários atentados. O mais letal deles foi em março de 2020, quando homens armados invadiram um templo em Cabul, matando pelo menos 25 pessoas. O grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque.
O EI já havia atacado esta minoria em um atentado suicida em julho de 2018 em Jalalabad, no leste do país, que deixou 19 mortos.
Quarenta anos de guerra, pobreza e discriminação provocaram o êxodo da comunidade sikh afegã. E, desde o retorno dos talibãs ao poder em agosto passado, quase 100 deles foram para o exílio.
O número de atentados, com frequência dirigidos a comunidades religiosas minoritárias, diminuiu no país desde a chegada dos talibãs.
Uma série de ataques a bomba atingiu o país, porém, no final de abril, mês do Ramadã, matando dezenas de pessoas. No final de maio, eles voltaram a acontecer. A maioria deles foi reivindicada pelo EI.
Os talibãs tentam minimizar a ameaça representada pelo Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), o braço regional do EI, e travam uma batalha sem trégua contra o grupo. Também aumentaram o número de operações policiais, especialmente na província de Nangarhar (leste), que levaram à detenção de centenas de homens acusados de pertencerem ao grupo.
Fonte: Yahoo!