18 abril, 2024
Anúncios
Uma equipe de astrônomos do Japão, México e Estados Unidos está estudando uma galáxia localizada a 12,4 bilhões de anos-luz da Terra. Eles usaram instrumentos com uma resolução 10 vezes maior do que os já utilizados antes e revelaram detalhes estruturais inéditos. Os resultados foram publicados nesta quarta-feira (29) na revista científica “Nature”.
A galáxia se chama COSMOS-AzTEC-1. E o que sabemos sobre ela?
Anúncios
O grupo de pesquisadores está estudando a COSMOS-AzTEC-1 para tentar entender os motivos de ela ser tão ativa. Ela foi descoberta pela primeira vez pelo telescópio James Clerk Maxwell, localizado no Havaí. Em sequência, o Grande Telescópio Milimétrico (LMT), do México, achou uma grande quantidade de monóxido de carbono. Foi, então, que descobriram essa supercapacidade de explosão para criação de estrelas.
Só depois que os cientistas japoneses se envolveram no projeto. Eles queriam descobrir mais sobre a natureza do gás. Usaram o modo de alta resolução do instrumento ALMA para obter mais detalhes sobre o movimento e as explosões.
Anúncios
“Descobrimos que existem duas grandes nuvens de gás diferentes a milheres de anos-luz do centro da galáxia” disse o principal autor do estudo, Ken-ichi Tadaki, da Sociedade Japonesa para a Promoção da Ciência e do Observatório Nacional do Japão.
“Nas galáxias com formação de estrelas mais distantes, as estrelas são formadas mais no centro. É surpreendente encontrar nuvens descentralizadas”, disse.
Os astrônomos investigaram a natureza do gás da COSMOS-AzTEC-1 e descobriram que é muito instável, o que é incomum. Geralmente a gravidade da galáxia – uma força para dentro – é equilibrada com a pressão exercida para fora. Quando a gravidade supera a pressão, a nuvem de gás entra em colapso e passa a formar estrelas. As estrelas formadas e as explosões de supernovas aumentam a pressão, criando um estado de equilíbrio novamente. A formação das estrelas fica autorregulada, e continua em ritmo moderado.
O que chama atenção na COSMOS-AzTEC-1 é que a pressão é muito mais fraca que a gravidade, o que faz com que essa autorregulação seja difícil de acontecer. Ela é uma galáxia que fica permanentemente produzindo estrelas.
De acordo com os pesquisadores, o gás será completamente consumido em 100 milhões de anos, tempo 10 vezes mais rápido que em outras galáxias. Isso tem a ver com o ritmo acelerado de produção.
Fonte: G1
EBC Financial Group Amplifica os Esforços de Erradicação da Malária, Apoiando Intervenções Críticas de Saúde e...
© Desde 2012. Grupo LN de Comunicação. ® Todos os direitos reservados.