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A recente detecção de um objeto interestelar de grandes proporções, com velocidade e trajetória incomuns para corpos naturais, tem intrigado a comunidade científica. O astrônomo Avi Loeb, da Universidade de Harvard (EUA), propôs uma missão para interceptar o cometa interestelar 3I/ATLAS e afirmou ser “uma oportunidade rara” de estudá-lo de perto.
Denominado como 3I/Atlas, o corpo celeste tem cerca de 19 quilômetros de largura e foi detectado por cientistas em 31 de julho, viajando a 217.777 km/h. Inicialmente considerado um objeto natural vindo de outra estrela, sua velocidade e trajetória chamaram a atenção de cientistas.
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De acordo com estimativas da Nasa (agência espacial dos EUA), o objeto deve atingir seu ponto mais próximo do Sol em 30 de outubro, a aproximadamente 210 milhões de quilômetros de distância, passando pela órbita de Marte. A previsão é que ele passe pela Terra a cerca de 240 milhões de quilômetros.
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Embora observações possam ser feitas com sua aproximação à Terra, Loeb acredita que a passagem do 3I/ATLAS por Júpiter, prevista para março de 2026, representa a principal oportunidade de interceptação. Ele sugere redirecionar a sonda “Juno”, atualmente em órbita do planeta, para realizar um sobrevoo no cometa em 14 de março de 2026. A manobra permitiria a coleta de dados e uma observação mais minuciosa do que é possível com telescópios baseados na Terra.
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Para isso, seria necessário aplicar um impulso à sonda já neste sábado (9 de agosto), que alteraria sua trajetória. A proposta aproveitaria a missão em andamento e estenderia sua utilidade científica, uma solução vista por Loeb como eficiente e econômica.
Entretanto, o fim da missão original e as incertezas acerca da localização e trajetória exatas do corpo celeste podem comprometer tanto o planejamento quanto a execução da manobra dentro do tempo necessário.
Hipótese extraterrestre
Em paralelo à proposta de interceptação, um artigo assinado por Loeb e outros dois pesquisadores, publicado recentemente no arXiv, sistema de distribuição de artigos científicos, levantou a possibilidade do 3I/ATLAS estar sendo movido por uma inteligência não humana.
Segundo os autores, a alta velocidade e o ângulo de aproximação do 3I/Atlas são “estranhos” para um corpo natural, o que pode indicar que o objeto esteja sendo movido por “inteligência extraterrestre”.
“As consequências, caso a hipótese se revele correta, podem ser terríveis para a Humanidade”, escreveram os pesquisadores no artigo.

Fonte: Extra