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A morte do empresário e professor Adevaldo Colonize, de 51 anos, comoveu toda a região de Botucatu. Aos poucos, a Policia Civil de Jaú que investiga o caso, revela detalhes do assassinato brutal.
Segundo informação do delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jaú, Marcelo Aparecido Tomaz Góes, as circunstâncias da abordagem não estão claras. “Adevaldo foi abordado por eles, não apuramos se eram conhecidos ou não, em boate na Barra Bonita, na madrugada de domingo”, contou Góes.
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O empresário esteve com familiares até as primeiras horas da madrugada de domingo. Outro ponto a ser esclarecido é se Adevaldo foi espontaneamente ou coercitivamente até o local do crime, um canavial próximo à Cohab, em Igaraçu do Tietê.
O que se sabe é que, neste momento, estariam com a vítima Marildo e Caique. Para roubar a caminhonete, três telefones celulares e outros pertences de Adevaldo, ambos teriam então esganado o empresário, que desacordou. Os acusados ainda golpearam a vítima, com as mãos. Arrastaram o corpo até o canavial e, neste momento, calcularam que estaria morto e, com a caminhonete, teriam ido buscar Paulo para auxiliá-los na ocultação do cadáver.De volta ao canavial, os três usaram apostilas e cadernos que acharam na Hilux para atear fogo no corpo.
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O empresário, porém, apresentava sinais vitais e morreu em decorrência das queimaduras, pois havia bolhas e eritemas. O fogo consumiu a parte da frente do corpo, principalmente cabeça e peito. O cadáver passou por exame necroscópico no Instituto Médico Legal (IML) de Jaú.Depois de abandonar o corpo, o trio rumou para Bauru, onde Paulo já morou, para tentar vender a caminhonete. Sem sucesso, partiram para Botucatu e, de lá, para Jaú.
Não conseguiram se desfazer da Toyota, que fora encontrada abandonada, na tarde de domingo, no bairro Cohab, em Igaraçu do Tietê. Dos três celulares de Adevaldo, dois teriam sido destruídos pelos suspeitos. Na caminhonete, foi encontrado o celular de um acusado, assim como R$ 300 que estavam sob o carpete do veículo.
“Os três participaram da morte, pois a vítima acabou morrendo em consequência das queimaduras. Uma das ocorrências mais intrigantes em que já trabalhamos e uma crueldade sem tamanho”, disse o delegado Góes.
Os três acusados têm passagens policiais anteriores. Paulo por porte de entorpecente, Marildo, quando adolescente, por tráfico, e Caique, por roubo de motocicleta. Este último chegou a ser preso pela DIG, mas foi posteriormente solto pela Justiça. O trio deve responder por latrocínio, associação criminosa e ocultação de cadáver. As buscas pelo terceiro acusado seguem em Igaraçu e região, com quatro equipes da Polícia Civil. Havia informação de que ele poderia se entregar.
Além da DIG, participaram do trabalho equipes da Barra Bonita e da Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Jaú.
Com Comércio do Jaú